3 passeios guiados pelo Amapá imperdíveis para quem ama expedições

De passeio por uma floresta nacional até a fronteira com outro país, confira algumas opções para quem gosta de se aventurar pela Amazônia.

O Amapá, como Estado com área mais preservada do Brasil, tem muito a oferecer a quem procura a natureza, que valorize o meio ambiente e a cultura dos povos tradicionais e ribeirinhos. Que tal conhecer passeios diferentes possíveis de fazer no Estado?


Cada roteiro é possível por meio de autorizações do Instituto Chico Mendes da Preservação da Biodiversidade (ICMBio)conta com um comentário e dicas do guia de turismo Marcelo de Sá Gomes, especializado em turismo ecológico no Amapá.

Floresta Nacional do Amapá

Para fazer a visita na Floresta Nacional (Flona) do Amapá é necessário ter a autorização do ICMBio, com um guia que conheça o local e ser acompanhado por alguém da comunidade. A floresta com mais de 450 mil hectares é uma das Unidades de Conservação do Estado.

Principal atrativo: a rica biodiversidade do local com espécies de animais e árvores ainda não catalogadas pela ciência.

O guia de turismo Marcelo de Sá Gomes explica que a Flona oferece diferentes roteiros desde caminhadas pela floresta, banhos e produtos artesanais. O turista pode decidir qual encaminhamento dar ao passeio.

“A gente apresenta o roteiro e ele [turista] escolhe aonde quer visitar. Além da floresta com várias árvores gigantescas, dentro desse roteiro tem cachoeiras, tem corredeiras e até a visita a uma cooperativa da região que trabalha com sabonetes e pastas de andiroba, copaíba, breu branco e fava”, explicou Gomes.

Acesso: a dificuldade é mediana. O principal acesso é feito pelo Rio Araguari partindo de Porto Grande, município a 102 quilômetros de Macapá (o acesso é pela BR-210). O tempo de deslocamento da capital até a Flona varia de 3 a 5 horas, dependendo da estação do ano.

Custo: de acordo com o guia de turismo um passeio de três dias dia custa em média R$ 1 mil por pessoa (valor referente à 2020), contando transporte, guiamento. É recomendável que o turista leve material de acampamento e alimentação, pois no local não há hotel e nem restaurante.

Trilhas podem ser feitas na Floresta Nacional do Amapá (Flona). Foto: Alex Silveira/O Globo

Vila Brasil e Camopi

No extremo Norte do Estado fica a Vila Brasil, um distrito de Oiapoque. Estando na área, é fácil também conhecer de bônus a comunidade Camopi, pertencente ao território da Guiana Francesa. Ambas as localidades estão na área do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o maior do país.

Principal atrativo: intercâmbio cultural entre a população indígena brasileira e francesa.

Marcelo de Sá fala que a visita é mais do que um passeio, e sim uma expedição. As comunidades têm pousadas, o que facilita a vida do turista, mas durante a entrada em regiões de floresta não há infraestrutura.

Ele também ressalta que o turista precisa estar com passaporte regularizado por se tratar de um território estrangeiro. Também é necessária autorização do ICMbio para entrar no parque.

Acesso: é considerado difícil. É preciso ir até Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, via BR-156. No município é feita uma viagem de barco, “subindo” o rio de mesmo nome da cidade. O deslocamento de Macapá até as comunidades leva em média 15 horas.

Custo: de acordo com o guia de turismo um passeio de 3 dias dia custa em média R$ 2 mil por pessoa (valor referente à 2020), contando transporte e guiamento. Há viagens de ônibus com saída todos os dias da Rodoviária de Macapá rumo à sede de Oiapoque.

Vila Brasil, em Oiapoque, e Camopi, comunidade fica do lado francês do Rio Oiapoque. Foto: Guillaume Feuillet/Parc amazonien de Guyane

Cabo Orange

Também uma região entre o Amapá e a Guiana Francesa, a viagem até o Parque Nacional do Cabo Orange é feita de barco pelo Rio Oiapoque. Até a chegada no parque, o turista passa por comunidades de pescadores e indígenas, além de regiões montanhosas na comuna francesa de Ouanary.

Principal atrativo: conhecer as montanhas do lado francês e o ecossistema de manguezais predominante na costa do Amapá.

O guia de turismo orienta que a saída de Oiapoque seja feita antes do amanhecer, para aproveitar a aurora e ver ecossistema “acordando” de dentro da embarcação. Ainda podem ser feitas caminhadas pelas montanhas de Ouanary.

“Nesse percurso vai amanhecendo e a gente consegue visualizar a entrada de cardumes de peixes, revoada de pássaros, a gente conhece o ecossistema dos manguezais. Ficamos fazendo meio que zigue-zague entre Amapá e Guiana Francesa até a chegada no parque nacional, onde turista tira fotos e registra o momento da forma que preferir”, disse Gomes.

Acesso: também é considerado difícil e precisa do acompanhamento de um guia de turismo e autorização do ICMbio. A saída é feita pelo rio do município de Oiapoque até o Cabo Orange. O deslocamento de Macapá até o parque leva em média 15 horas.

Custo: de acordo com o guia de turismo, um passeio de 3 dias custa em média R$ 2 mil por pessoa (valor referente à 2020), contando transporte e guiamento.  

Passeio no Cabo Orange, no Norte do Amapá. Foto: Marcelo Sá/Arquivo Pessoal

*Com informações do Acervo do g1 Amapá

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