Campanha ‘Vacina já Amapá’ contou com uma voadeira que percorreu as áreas de difícil acesso do município de Santana.
A Ampliação da Cobertura Vacinal em regiões ribeirinhas e quilombolas do Amapá ganhou o prêmio de “melhor experiência do Estado do Amapá” na Oficina Nacional do Projeto Imuniza SUS no XXXVII Congresso Nacional CONASEMS, em Goiânia, no último dia 19 de julho.
O projeto faz parte da campanha “Vacina Já” e visitou as áreas de difícil acesso do município de Santana. O congresso reuniu os 16 municípios do Amapá, além de todos os estados brasileiros representados em diversas categorias.
Para chegar até esses locais, as equipes contaram com uma lancha voadeira adquirida em parceria com o Grupo Mulheres do Brasil e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado do Amapá (COSEMS-AP), em março deste ano.
Durante a campanha 1. 258 pessoas foram alcançadas, aumentando 59% da cobertura vacinal nas áreas ribeirinhas e quilombolas.
Comunidades visitadas:
- Cachoeirinha
- São Raimundo do Pirativa
- Foz do Vila Nova
- Cafezal
- São Raimundo do Pirativa Ribeirinho
- Santo Antônio do Matapi
- Matapi Mirrim
- Santa Helena
- Água Branca
- Alto do Pirativa
- Piaçava Ribeirinho
- Três irmão
- Chico Chagas
- Desterro
- Água Azul
Em vídeos compartilhados nas redes sociais a equipe de saúde de Santana comemorou a conquista. “É do Amapá, é de Santana. Viva o SUS”, dizem as profissionais aos gritos de comemoração.
O projeto ‘Ampliação da Cobertura Vacinal em Regiões Ribeirinhas e quilombolas: utilização da Lancha Voadeira como Estratégia de busca’, foi uma iniciativa da enfermeira Janaína Braga.
“Falamos sobre a lancha voadeira do Vacina Já e como ela auxilia no atendimento de estratégia da vacinação em áreas ribeirinhas. Uma estratégia que nosso município já adotou e seguiremos dando prosseguimento para melhorar ainda mais nossa cobertura vacinal. Viemos mostrar o que Santana faz pelo SUS em cada canto do município. Estou muito feliz pelo reconhecimento do nosso projeto”,
destacou Janaína.
Santana é o segundo município mais populoso do Amapá, com aproximadamente 107.373 habitantes, espalhados na área urbana e ribeirinha.
Para atuar nessas regiões os profissionais de saúde passaram por um treinamento. “Mais do que a aplicação da vacina, o treinamento possibilitou o conhecimento de todo o sistema que compreende o fluxo da imunização, desde recebimento, manuseio, armazenamento na cadeia do frio e a devida notificação das doses aplicadas”, destacou a Dra. Glória Brunetti, médica infectologista e paliativista, consultora especialista do Projeto Vacina Já Amapá.
Durante as visitas a essas comunidades, um documentário foi produzido para mostrar os desafios enfrentados pelas equipes.
Em um dos relatos do documentário, a enfermeira Fernanda Pinheiro, responsável pela ação, se emocionou ao dizer que apesar das dificuldades, o trabalho é recompensador.
“Nós encontramos dificuldades sim. A gente sai da nossa casa, deixa a nossa família para vir atender esse povo, pois amamos estar aqui”, disse a enfermeira emocionada.
O projeto santanense apresentou no congresso os desafios encontrados e as experiências na prática de como é a vacinação em áreas ribeirinhas e quilombolas do extremo norte do país.
*Por Mariana Ferreira, do g1 Amapá