Devido ao número expressivo de casos da Covid-19, muitos doadores reduziram a frequência na Fhemeron
De acordo com a gerente de Captação de Doadores da Fhemeron, Maria Luiza Pereira, existe um protocolo de doação a ser seguido, em que o voluntário passa por um processo de triagem, onde responde a um questionário para verificar se está apto a fazer a doação. Tudo isso para garantir a segurança tanto do doador quanto do receptor. Quanto aos doadores acometidos pela Covid-19, ela informa que é possível fazer a doação de sangue por um período após o início dos sintomas. “A busca pela informação, por meio de fontes seguras, como a própria página da Fhemeron, dentro do portal do Governo é fundamental. E isso facilita a compreensão da população quanto a esses questionamentos. No geral, a doação pode ser feita em 30 dias, após o início dos sintomas, estando bem de saúde. Porém, há pessoas que ficam com sequelas da doença. Nesses casos, o tempo é ainda maior, de acordo com a cura”, detalha.
Devido ao número expressivo de casos da Covid-19, muitos doadores reduziram a frequência na Fhemeron. Foi o que ocorreu no início da pandemia, mas a gerente Maria Luiza salienta que os procedimentos realizados na Fundação, são feitos com todos os cuidados de higienização para a segurança dos doadores e dos profissionais atuantes. Além disso, enfatiza que o reforço desses cuidados também é feito na triagem, antes do voluntário entrar para a sala de doação. “Aqui, temos o zelo pelas vidas tanto de quem vem doar, quanto dos integrantes de nossas equipes. Em um ano, nenhum doador foi contaminado no processo de doação”, enfatizou.
A médica Hematologista e Hemoterapeuta, também responsável técnica da Fhemeron, Ana Carolina de Melo, explica outra dúvida bastante comum dos voluntários. “Às vezes, o voluntário teve o contato com alguém que é confirmado suspeito, mas ele não pegou, porém houve o contato e há um período de incubação que pode ser assintomático ou não. Então, temos pela Legislação 14 dias após o contato como confirmado ou suspeito. Por isso que, hoje em dia, muitos profissionais de Saúde que são até doadores antigos, não poderão doar por estarem o tempo todo na linha de frente”, ressaltou, lembrando ainda que o mesmo critério é válido para as pessoas que tiveram contato com alguém positivado, podendo fazer a doação de sangue após 14 dias, sem apresentar os sintomas.
Essa conduta é feita para aumentar a qualidade e segurança do sangue que será transfundido. O voluntário que apresenta até mesmo pequenos sintomas gripais não está apto a doação. Um dos requisitos para o ato é estar em boas condições de saúde. Outro detalhe importante é a comunicação pós doação. No ato da triagem, o doador é informado que em qualquer alteração na sua saúde, a Fhemeron deve ser comunicada imediatamente. Esta conduta é aplicada não somente no contexto Covid-19, como também, para qualquer outro sintoma.
Ato sério
A Fhemeron não mede esforços para garantir a segurança necessária aos voluntários que vão doador e às equipes. O resultado desse trabalho é satisfatório, chegando a mais de 50% de doadores fidelizados, doando sangue, duas ou mais vezes durante o ano. Mas, é preciso também contar com a responsabilidade e compromisso por parte dos voluntários. Afinal, o propósito é nobre: salvar vidas. Por isso, fica o alerta: caso o voluntário tenha feito o exame de Covid-19 e está aguardando o resultado, o mais prudente é conservar esse tempo antes de procurar a Fhemeron. Dessa forma, a saúde de todos estará segura. Em momentos como este, vale a pena refletir sobre este ato humanitário primando pela responsabilidade e bom senso.
Doadores vacinados
De acordo com a Nota Técnica nº 12 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os voluntários à doação de sangue que já receberam a primeira dose da vacina CoronaVac, estando bem de saúde, podem doar sangue após o prazo de 48h. Já os doadores que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca, estando em bom estado de saúde, podem doar sangue 7h após.
É importante reforçar que esse protocolo também se aplica a outras vacinas, conforme os requisitos básicos que são válidos em todo o Brasil. Tudo isso para zelar pelas vidas dos doadores e dos receptores da doação. A gerente de Captação da Fhemeron reforça a conscientização por parte da população. “Sangue é algo que não se compra e não se fabrica, precisamos que as pessoas, independente que tenham parentes e amigos precisando, que se conscientizem que este sangue doado pode vir para elas. Todos os dias têm um desconhecido precisando da solidariedade”, concluiu.
Antônio Carlos Carvalho de Lima, de 18 anos, doou sangue pela primeira vez. Ele conta que não imaginava se tornar um doador, mas foi motivado pela mãe e agora está feliz por saber que vai poder ajudar a salvar outras vidas. “Toda vez que precisar doar, eu irei. Eu faço o convite àqueles que podem estar aqui como eu. Que comecem a doar. Faz bem e não dói nada”, declarou.
Para mais informações a respeito dos critérios de doação, a população pode procurar a Fhemeron, em Porto Velho, por meio do contato (69) 3216-2234.