O Acre registrou, em 2017, redução de 68% nos registros de novos casos de Aids no estado. A informação é da Coordenação Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre). De acordo com reportagem publicada no G1 Acre, neste ano foram registrados em todo o estado 22 novos casos da doença, contra 68 em 2016.
Dos novos casos diagnosticados no estado, 16 foram em homens e 6 em mulheres. A maior parte dos registros são de Rio Branco, onde foram notificados seis novos casos em 2017, seguido por Cruzeiro do Sul, com 4. Em contrapartida, 12 municípios acreanos não tiveram nenhum diagnóstico da doença em 2017. Seis pacientes morreram neste ano em decorrência da Aids no estado.
Mas apesar da redução, o coordenador Estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, Nelson Guedes, explica que o número de casos de Aids no estado deverá crescer até o fim do ano, já que a contabilização será encerrada somente no primeiro semestre de 2018.
“De 2014 para cá, o número de casos de Aids no Acre vem reduziindo aos poucos. Isso já era esperado porque desde 2002 o Ministério da Saúde adotou o tratamento [de HIV] para todos. Paciente com HIV é uma coisa e paciente com Aids é outra”, explica Guedes ao lembrar que nem todo portador de HIV tem Aids.
Números
Ainda segundo os dados da Sesacre, entre 1987 e 2017, a capital Rio Branco foi a cidade com maior incidência, com 709 casos da doença. Em seguida aparecem Sena Madureira, com 46 registros; Cruzeiro do Sul, com 41 e Senador Guiomard, com 29. Ao todo, nos últimos 30 anos, 986 pessoas foram confirmadas como portadoras do vírus HIV no Acre.