Ministério da Saúde faz diagnóstico da situação epidemiológica no interior do Amazonas

Medidas já adotadas em Itacoatiara, a 269 km de Manaus, serão incorporadas ao plano macro em elaboração para o enfrentamento da Covid em todo o interior

Técnicos do Ministério da Saúde percorreram os oito municípios polos do Amazonas para fazer um diagnóstico do enfrentamento da Covid-19 nas localidades. Acompanhados de uma equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), a comitiva avaliou desde a logística de transporte, armazenamento e distribuição do oxigênio, até questões centrais, como a situação das unidades de saúde, organização dos fluxos de recebimento dos pacientes de Covid-19, necessidade de implantação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e atenção neonatal.

O relatório final do diagnóstico, com todas as indicações de ações e competências federal, estadual e municipal será entregue ao comitê de crise instalado em Manaus pelo ministro Eduardo Pazuello, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). As medidas serão incorporadas ao plano macro em elaboração para o enfrentamento da Covid em todo o interior.

Um plano emergencial já está em execução no município de Itacoatiara. As ações foram alinhadas os governos Federal e estadual, a partir do primeiro diagnóstico, realizado no dia 24 de janeiro. Esse plano emergencial deverá ser ajustado com os dados dos demais municípios.

Receberam a visita técnica os municípios de Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Tabatinga, Lábrea, Humaitá, Eirunepé e Tefé. Municípios polos são definidos por sua localização geográfica e por apresentarem uma melhor infraestrutura, servindo de referencial para as cidades vizinhas.

As equipes do Ministério da Saúde realizaram as visitas técnicas a partir do dia 24 de janeiro até o início desta semana. Há uma preocupação por parte dos integrantes do CICC sobre os efeitos da pandemia no interior, com aumento dos casos e ausência de uma estrutura de assistência especializada – alta e média complexidade – e de uma assistência básica deficiente, o que torna os municípios extremamente dependentes da rede hospitalar de Manaus. Outro problema enfrentado pela rede de atenção básica é a desorganização na porta de entrada de pacientes de Covid e Não-Covid, o que pode acelerar os processos de contaminação cruzada.

Também já está no radar dos técnicos da saúde do Governo Federal e governo do Amazonas a presença da variante P.1 do SARS-CoV-2 em 11 municípios do interior do Amazonas, notadamente os que estão no entorno de Manaus. O plano também tem como meta apontar as medidas estratégicas que devem ser adotadas tanto para os municípios que já têm a presença da variante, quanto para os que ainda não registram casos da P.1, como forma de prevenção. 

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