Namorar é bom, mas é preciso certos cuidados, principalmente quando se tem múltiplos parceiros. E esses cuidados não se aplicam apenas às relações sexuais, há outros riscos que decorrem dessa prática, como a mononucleose infecciosa, mais conhecida como a “Doença do beijo”, que acomete adolescentes e adultos entre 15 e 25 anos. A doença é transmitida pelo beijo ou contato íntimo com alguém já infectado. Ela é provocada pelo vírus Epstein-Barr, que toma conta das células que revestem o nariz e garganta, podendo ou não apresentar sintomas. Os sinais mais comuns são febre alta, dificuldade para engolir e tosse.
O alerta é do diretor técnico do Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), André Noronha, que fala sobre esse mal que também pode causar cansaço e durar muito tempo. “Por isso, recomendamos aos mais afoitos ter cuidado com a ‘azaração’, especialmente em épocas propícias a isso, como as férias de julho, carnaval, festas juninas e o Dia dos Namorados”, ponderou o médico, ao explicar que o vírus que provoca essa infecção é mais comum do que se pode imaginar e pode afetar também crianças de qualquer idade.
Por suas características, os sintomas muitas vezes são confundidos com os de uma gripe. A transmissão e o contágio também pode ocorrer pelo espirro, tosse e saliva em louças e talheres. “Então todo cuidado é necessário para evitar essa doença, principalmente manter uma conduta mais criteriosa quanto às parceiras ou parceiros”, ressaltou o médico, que defende a prevenção como o método mais eficaz para redução do risco de infecção e transmissão do vírus.
André Noronha detalha que os sintomas como febre e dor de garganta costumam amenizar entre uma a duas semanas. Mas a sensação de fadiga, o aumento dos gânglios linfáticos e baço inchado podem durar bem mais. Outros sintomas também podem surgir, como mal-estar geral, inflamação de garganta, inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço e axilas, amígdalas inflamadas, dor de cabeça e erupção cutânea.