Manaus tem dois primeiros casos confirmados de sarampo em 2019; vacinação continua

Com dois casos confirmados este ano de sarampo em Manaus, a Prefeitura faz mais um alerta sobre a necessidade da vacinação, em especial para a proteção das crianças. O primeiro caso confirmado em 2019 foi registrado no dia 30 de janeiro, em paciente menor de um ano de idade, no bairro Petrópolis, zona Sul. O segundo caso deste ano é do dia 1º fevereiro, em criança de um ano de idade, no bairro Tancredo Neves, zona Leste.

Além dos casos confirmados, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) mantém a investigação de seis casos suspeitos, quatro deles em crianças menores de um ano e outros dois na faixa etária de 20 a 29 anos. Por território, quatro dos casos em investigação foram notificados no Distrito de Saúde (Disa) Leste, um no Disa Norte e outro no Disa Rural.

“Mesmo com a redução das notificações do sarampo, os dados mostram que o vírus continua circulando em Manaus, afetando principalmente crianças que ainda não atingiram a faixa etária indicada para completar o esquema vacinal contra a doença. Essas crianças só podem ser protegidas por meio da vacinação da população como um todo. Por isso, continuamos convocando as pessoas para a vacinação nas Unidades de Saúde”, reforça o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, lembrando que o último caso confirmado no ano passado foi registrado no mês de novembro. 

Foto: Divulgação/Agência Pará

Em situação de surto, continua vigente em Manaus a antecipação da primeira dose de tríplice viral para crianças de seis a 11 meses, seguindo com o esquema de rotina preconizado a partir de 12 meses de idade, com intervalo mínimo de 30 dias da dose antecipada, e complementação do mesmo com a segunda dose, a ser realizada com a vacina tetra viral a partir dos 15 meses de idade.

A vacina também é recomendada para pessoas na faixa etária até 49 anos, em 183 salas de vacina distribuídas nas zonas Norte, Leste, Oeste, Sul e Rural.“A vacinação é a única maneira de prevenir a doença e quem tiver dúvidas deve procurar uma Unidade de Saúde para avaliação da situação vacinal, que pode ser diferenciada para cada pessoa, dependendo da faixa etária”, recomenda Marcelo Magaldi.

Informe Epidemiológico de Monitoramento do Sarampo em Manaus

A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), Marinélia Ferreira, adverte que dados do último Informe, divulgado no dia 1º de março, mostram que 177.219 pessoas na faixa etária de cinco a 29 anos receberam a primeira dose de vacina, mas, desse total, 86.017 ainda não retornaram para completar o esquema vacinal.

Ainda de acordo com o informe, Manaus registra, desde fevereiro de 2018, 7.255 casos confirmados da doença.Dos 7.225 casos confirmados, a faixa etária mais atingida é a de 15 a 29 anos, com 46,4% do total de registros de sarampo.

“Como Manaus ainda tem uma população adulta sem vacinação, as crianças, especialmente aquelas que não têm idade recomendada para receber todas as doses da vacina, continuam adoecendo e, assim, transmitindo a doença para adultos não vacinados. Essa cadeia de transmissão da doença tem dificultado a interrupção do surto do sarampo no município, mesmo com todas as ações executadas pelos serviços de saúde”, explica Marinélia Ferreira.

Plano

Para controlar os casos da doença, a Semsa continua executando as ações do Plano de Interrupção do Surto de Sarampo, englobando as áreas de Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica de Saúde, Imunização, Vigilância Laboratorial, Gestão e Comunicação.

Nessa etapa do surto, o trabalho está sendo direcionado para o aumento da cobertura vacinal e a busca ativa de pessoas que ainda precisam completar o esquema de vacinação. O plano inclui ações como ampliar o número de consultas de puericultura (consulta de crianças até 18 meses); fomentar as orientações sobre vacinação e cuidados com o recém-nascido; aumentar o monitoramento da utilização da caderneta de saúde da criança; reforçar as equipes de trabalho da sala de vacina nas Unidades de Saúde; fortalecer a articulação das ações de atenção básica e vigilância em saúde em cada território; fortalecer a busca ativa de casos suspeitos de sarampo; fomentar a notificação em até 24 horas, a investigação dos casos suspeitos em até 48 horas, o bloqueio vacinal em até 72 horas; e acompanhar os contatos diretos e indiretos dos pacientes suspeitos de sarampo por um período de até 30 dias.

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