Diminuem casos de doenças transmitidas por Aedes aegypti no Amazonas, no primeiro semestre de 2019

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) divulgou, nesta quarta-feira (10), o Boletim Epidemiológico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, no primeiro semestre de 2019. Segundo os dados do boletim, as três doenças transmitidas pelo mosquito (dengue, chikungunya e zika) estão em queda no estado.

Foto:Divulgação

Até junho de 2019, houve redução de 81% nas notificações de zika, com 62 casos esse ano, contra 337 no mesmo período de 2018. A dengue reduziu 44%, com 2.381 casos notificados em 2019, e 4.260 em 2018. A chikungunya caiu 18%. Foram 134 casos em 2019, contra 165 notificações no ano passado.

As medidas de prevenção voltadas para eliminação de acúmulo de águas devem ser mantidas, alertou a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto. “Essas doenças são transmitidas o ano inteiro. Portanto, apesar da diminuição das chuvas, a população deve permanecer com as checagens semanais, tendo em vista que os ovos dos mosquitos são resistentes à desidratação. Por isso, é importante não somente eliminar a água, mas também, esfregar esses depósitos para retirar possíveis ovos do mosquito”, afirmou.

Segundo Rosemary, há indícios científicos que comprovam a transmissão do vírus de forma vertical do mosquito para os ovos. “Alguns mosquitos podem nascer com os vírus da zika, chikungunya e dengue. Dessa forma, precisamos interromper, em algum momento da semana, o ciclo de vida do mosquito e impedir que eles nasçam”, destacou.

De acordo com o diretor técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, o segundo Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) do Amazonas aponta que o estado apresenta médio risco para dengue, com índice predial de 1%. Nenhuma cidade amazonense foi classificada de alto risco, apenas de médio e baixo risco. “A atenção deve ser reforçada nas cidades classificadas de médio risco”, disse.

Conforme a FVS-AM, 11 municípios alcançaram o índice de 1% ou superior, o que significa médio risco. São eles: Borba, Coari, Guajará, Iranduba, Itacoatiara, Jutaí, Lábrea, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo Aripuanã e Santa Isabel do Rio Negro.

Foto:Divulgação

Apenas 21 cidades do Amazonas estão com índice de infestação predial inferior a 1%, o que significa baixo risco. São eles: Alvarães, Apuí, Autazes, Barcelos, Benjamin Constant, Beruri, Boca do Acre, Carauari, Careiro, Codajás, Humaitá, Japurá, Manacapuru, Maués, Nhamundá, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Tapauá, Tefé e Urucurituba.

O boletim aponta, ainda, que 13 municípios não realizaram o segundo LIRAa: Anori, Boa Vista do Ramos, Eirunepé, Fonte Boa, Itapiranga, Manaus, Manaquiri, Manicoré, São Paulo de Olivença, São Gabriel da Cachoeira, Santo Antônio do Içá, Tabatinga e Tonantins.

Para o chefe de Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-AM, Elder Figueira, a realização desse segundo LIRAa demonstrou que 45 cidades amazonenses têm a presença do mosquito Aedes aegypti. “Portanto, as medidas de prevenção devem ser constantes durante o ano todo”, disse.

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