O Estado de Roraima fica situado em uma área endêmica para transmissão da malária, a Região Amazônica.
Roraima fica situado em uma área endêmica para transmissão da malária, a Região Amazônica. Por conta disso, a população precisa contribuir para o trabalho de vigilância epidemiológica, que inclui o olhar atento aos sinais e sintomas que possam indicar a infecção pela doença.
A malária, cujos sintomas são febre, fadiga, vômitos e dores de cabeça, apresenta em 2020 (de janeiro a outubro) 17.206 casos notificados em Roraima, o que mostra um aumento de 1.785 registros em comparação ao mesmo período de 2019, quando houve 14.721 notificações.
Em Roraima, alguns municípios apresentam alta incidência de registros, entre eles Alto Alegre, com um salto de 152 registros no passado para 211 este ano; Bonfim, com um aumento de 21 para 68 casos; e Uiramutã, com aumento de 15 para 19 registros este ano.
De acordo com a gerente do Núcleo Estadual de Controle da Malária, Ducineia Barros Aguiar, nestas regiões onde existem áreas de garimpo a transmissão ocorre com maior facilidade, afetando tanto o garimpeiro quanto a população indígena. Conforme Ducineia, as ações de combate e prevenção têm sido reforçadas por meio do trabalho de auxílio e monitoramento das atividades nos municípios.
“O Estado continua cumprindo seu papel com a população ao prover os insumos, como os medicamentos, inseticidas, testes rápidos e, posteriormente, com a chegada dos mosquiteiros, além de oferecer suporte técnico aos municípios através da supervisão e orientação e apoiando nas ações de campo, quando necessário”, enfatizou.
Sintomas
Os sintomas da malária são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça (que podem ocorrer de forma cíclica). Há pessoas que, antes de apresentarem tais manifestações, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
Transmissão
A malária é transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas pelo protozoário Plasmodium. O período de incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio. A malária não pode ser transmitida pela água.
Prevenção
Entre as principais medidas de prevenção individual da malária estão o uso de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e uso de repelentes.
Por outro lado, as medidas de prevenção coletiva contra malária são borrifação intradomiciliar, uso de mosquiteiros, drenagem, pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterro, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoramento da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.
Tratamento
A doença, que nos casos graves pode causar icterícia, convulsões, coma e até a morte, pode ser tratada no SUS (Sistema Único de Saúde), onde é oferecida toda a medicação. Por isso, ao sentir qualquer sintoma, é importante procurar imediatamente um posto de saúde.
“Quando sentir o primeiro sintoma, seja febre ou calafrios e dor de cabeça, a pessoa deve procurar imediatamente o posto de saúde para ter o diagnóstico e iniciar o tratamento. Essa é a melhor medida para manter a eficácia do controle da doença”, orientou Ducineia.