Hospital de campanha instalado em Boa Vista deve funcionar a partir desta quinta

O Hospital foi transferido de Pacaraima para a capital de Roraima e vai atender estrangeiros e brasileiros com suspeita e confirmação do novo coronavírus.

Está previsto para esta quinta-feira (26), em Boa Vista, o início do funcionamento do Hospital de Campanha das Forças Armadas. A estrutura é da Operação Acolhida, implantada em 2018 para dar apoio humanitário aos migrantes venezuelanos.

O Hospital foi transferido de Pacaraima, fronteira com a Venezuela, para a capital de Roraima. Chamada de Área de Proteção e Cuidado, vai atender estrangeiros e brasileiros com suspeita e confirmação do novo coronavírus.

Hospital de Campanha das Forças Armadas. (Foto:Divulgação/Ministério da Defesa)

De acordo com o coordenador da Operação Acolhida, General Antônio Barros, a decisão de transferir o Hospital de Campanha ocorreu devido à emergência criada com a confirmação de casos de Covid-19 em Roraima.

O general falou sobre o funcionamento do hospital de campanha. 
“Como um módulo inicial, da grande área de cuidados, visualizando até 1,2 mil leitos. Foi a reposta da Operação Acolhida para já aqui iniciarmos o tratamento e os cuidados devidos”, disse.

Além dos atendimentos de baixa complexidade, o hospital terá 80 leitos de UTI.

O comando da Operação Acolhida também adotou medidas de prevenção e combate à Covid-19, nos abrigos de acolhida dos venezuelanos. Os locais passam por limpeza das áreas comuns e desinfecção dos dormitórios. Os alojados estão sob regime de auto isolamento e limitação da movimentação interna e externa.

Esta semana, o Ministério Público Federal pediu detalhamento do Ministério da Cidadania sobre as medidas adotadas para contenção da pandemia da Covid-19 nas estruturas da Operação Acolhida. A procuradora da República Michèle Corbi destaca que o objetivo é garantir atendimento a todos.

“É uma preocupação de todas as instituições conter o avanço do vírus, seja entre brasileiros ou migrantes, já que as medidas de prevenção são essenciais para que todas as pessoas que estejam em território brasileiro sejam protegidas”, disse.

O Acnur, Agência da ONU para Refugiados, afirma que, com o fechamento temporário da fronteira entre o Brasil e a Venezuela, houve redução do fluxo de refugiados e migrantes no país. Por causa disso, as equipes do Acnur estão se somando aos esforços de prevenção, realizando atividades informativas com migrantes em Roraima e Amazonas.

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