Um dos médicos que pediu desligamento do programa foi Endison Onofre. Ele é acreano formado no Brasil e estava trabalhando desde novembro no município do Bujari, no interior do estado.
“Atuei lá na cidade de novembro até fevereiro. Logo que abriu o edital, me inscrevi e em uma semana eu já estava atuando. Mas, saí por conta da residência para fazer especialização em pediatria”, afirmou o médico.
Conforme o Ministério da Saúde, as desistências ocorreram nas cidades de Assis Brasil, Bujari, Cruzeiro do Sul, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus, no interior do estado, sendo que em cada cidade um profissional deixou o programa.
No Acre, as 104 vagas deixadas pelos cubanos no programa foram distribuídas em 20 municípios e dois distritos indígenas. Segundo o Ministério da Saúde, o salário é de R$ 11.800.
Dados nacionais
Em todo país foram 1.052 desistências, sendo que 14 foram em distritos indígenas. De acordo com o Ministério da Saúde, ainda está sob análise a oferta destas vagas em um novo edital. São Paulo é o estado com o maior número de vagas abertas (181), seguindo de Bahia (11) e Minas Gerais (104).
Em novembro do ano passado, um edital foi aberto para ocupar as 8.517 vagas deixadas pelos cubanos no programa em todo o país. No total, 7.120 vagas foram preenchidas por brasileiros formados no Brasil.
As vagas remanescentes foram, então, oferecidas a médicos formados no exterior, que deveriam ter se apresentado aos seus postos de trabalho entre os dias 28 e 29 de março.
Cronologia do Mais Médicos
– Em novembro de 2018, Cuba anuncia saída do programa
– No mesmo mês governo publica edital com as vagas
– 8.517 vagas foram abertas
– No primeiro edital, todas as vagas foram ofertadas aos médicos com registro no CRM do Brasil
– Um segundo edital foi lançado para preencher 1.397 vagas remanescentes com brasileiros formados no exterior
– Em janeiro de 2019, os médicos brasileiros começaram a se apresentar aos municípios
– No final de março de 2019, os médicos formados no exterior se apresentaram aos municípios