Em janeiro deste ano, quando os dados foram lançados no sistema, já havia 130 casos registrados de sífilis adquirida no estado.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, divulgados em 2017, o Acre registrou 419 casos de sífilis em gestantes.
No mesmo período, a sífilis congênita (transmitida de mãe para filho) teve um aumento considerável em relação ao ano anterior, passando de 86 casos registrados em 2016 para 102 em 2017. Em 2018, já são 10 casos confirmados de sífilis congênita.
Para representantes da Divisão Estadual de DSTs/AIDS e Hepatites Virais da Sesacre, o aumento pode ser explicado por que as notificações passaram a ser obrigatórias nas unidades de saúde, e também houve reforço dos laboratórios particulares que começaram a informar os casos positivos de sífilis, gerando um crescimento maior de casos da doença.
A doença infectocontagiosa é causada pela bactéria treponema pallidum.
Lesões, nem sempre doloridas, são os primeiros sintomas da sífilis. Chamadas de cancros, elas geralmente aparecem nos órgãos genitais, mas podem ocorrer também na pele, na gengiva, na palma das mãos e na planta dos pés.
Mesmo sem tratamento, essas lesões costumam desaparecer em alguns dias, mas a doença continua ativa no organismo.
O tratamento é feito com penicilina e há cura quando realizado adequadamente.