A capital foi a cidade que mais anotou casos da doença em 2016, seguida de Assis Brasil (110), Sena Madureira (81) e Xapuri (73). Já os que menos notificaram casos da doença foram Senador Guiomard (6), Bujari (8), Feijó (12) e Acrelândia (16).
Ao G1, a responsável pelo setor de controle de leishmaniose e doença de chagas no Acre, Carmelinda Gonçalves, explica que a leishmaniose tem como vetor o inseto flebotomíneo, conhecido popularmente como tatuquira.
“Fazemos uma vigilância continuada, monitoramos os casos e orientamos médicos, enfermeiros e a vigilância epidemiológica dos municípios. Acompanhamos a sazonalidade do vetor, há anos que aparecem mais ou menos”, explica.
O período de encubação da doença pode durar até duas semanas. O principal sintoma da infecção é o aparecimento de feridas. Carmelinda diz que muitas vezes os pacientes demoram a procurar o tratamento e utilizam remédios caseiros acreditando que a ferida vai cicatrizar e não deve reaparecer.
As lesões, no entanto, podem aparecer em outros membros do corpo, principalmente, na mucosa nasal. Ainda segundo a médica, uma equipe médica do Ministério da Saúde deve visitar o Acre para implantar um novo método de cura para a leishmaniose, chamado tratamento intralesional.
“Esse tratamento é indicado para pessoas idosas que têm outros problemas. Então, essa equipe deve dar um treinamento para médicos de referência para termos um tratamento mais curto e com a mesma eficácia”, destaca.
Carmelinda explica que a leishmaniose é uma doença proveniente da zona rural e diz que não há como conseguir acabar com os vetores. Então, as ações de prevenção dadas aos pacientes são: não construir casa próximo de áreas de mata, manter o quintal limpo, não deixar água parada, não levar filhos para o roçado e não tomar banho a noite que é um dos horários de pico em que o vetor aparece.