Além do tratamento médico, populações locais também receberam itens de saúde sanitária e alimentar
Uma operação especial conjunta realizada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Ministério da Defesa e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) está percorrendo o território de Roraima para fazer testes da covid-19 e identificar possíveis focos da doença antes da internalização nas comunidades indígenas.
A primeira fase, finalizada nesta quarta-feira (1º), realizou mais de 250 atendimentos de várias especialidades no distrito sanitário indígena Yanomami. Todos os pacientes foram testados para o novo coronavírus (covid-19) e nenhum caso foi identificado.
“Tivemos clínicos gerais, ginecologistas, pediatras, infectologistas e várias outras especialidades para atender mais de 500 pessoas. Não detectamos nenhum caso positivo, o que é sinal de um trabalho bem executado pelo órgãos que prestam serviço na região”, informou o secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Santos da Silva.
As operações continuaram hoje (2), na região leste de Roraima. Os atendimentos foram na Reserva Indígena Raposa Serra do Sol. Residentes de comunidades locais terão todas as especialidades clínicas disponíveis, e todas as pessoas atendidas serão testadas para covid-19.
Itens básicos
Além do tratamento médico, populações locais também receberam itens de saúde sanitária e alimentar. Segundo dados da Funai, mais de 200 toneladas de alimentos doados já chegaram à região. “O objetivo é fornecer alimentação básica para as aldeias, já que neste período de pandemia a recomendação aos indígenas é que não saiam de suas comunidades e não permitam a entrada de pessoas que ão sejam da aldeia”, disse em nota o Ministério da Saúde.
Itens de higienização e prevenção ao contágio da covid-19 também foram entregues aos indígenas. Cerca de 90 mil máscaras faciais, 1,4 mil vasilhames de álcool 70% e 5,3 mil testes rápidos da covid-19 foram distribuídos. Entre os medicamentos, 297 mil tabletes de cloroquina, azitromicina, prednisona e paracetamol foram entregues.
Segundo dados da Funai, cerca de 28 mil indígenas vivem na região, distribuídos em 366 aldeias.