Comunidades indígenas iniciam plantio da batata-doce

Nas comunidades Ilha e São Marcos está sendo implantado o projeto HF com a inserção da cultura da batata-doce

A batata-doce é um tubérculo de fácil cultivo, com mínimo controle de pragas e que pode ser produzida o ano todo. Foi pensando nisso que agricultores indígenas decidiram iniciar a produção. Esta semana, o plantio começou em uma área de meio hectare, na Comunidade Indígena da Ilha, na região do Baixo São Marcos.

Com o apoio da Prefeitura de Boa Vista, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (Smaai), a cultura está sendo inserida no Projeto Hortifruti (HF), já desenvolvido em nove das 17 comunidades indígenas desde a gestão da ex-prefeita Teresa Surita e que continua na gestão do prefeito Arthur Henrique.

Foto: Divulgação

 Nas comunidades Ilha e São Marcos está sendo implantado o projeto HF com a inserção da cultura da batata-doce. Nas comunidades que já têm o projeto, a meta é renovar as áreas e também iniciar o plantio.

São elas: Darora, Vista Alegre e Mauixi, que já foram renovadas, e Serra da Moça, Morcego. Serra do Truaru e Campo Alegre, que serão renovadas para receber a lavoura do tubérculo. A ideia é implantar a cultura em todas as Comunidades que quiserem ter acesso ao projeto.

Os agricultores de Boa Vista produzem com o apoio da prefeitura por meio do Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA), em média, 20 toneladas por hectare, ultrapassando a média nacional que é de 16 toneladas por hectare. A produção indígena trará um reforço ainda maior na produção.

O secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto, enfatizou que produzir batata-doce agrega valor e melhora a renda dos indígenas.

“O foco do projeto é melhorar a qualidade da alimentação do indígena e permitir que eles tenham conhecimento de culturas que tenham um bom valor agregado. A batata está em um mercado superaquecido e os agricultores do P.A Nova Amazônia não estão conseguindo atender toda a demanda, o que torna o cultivo da batata uma fonte de receita também para os agricultores indígenas”, frisou.

Lindalva Moraes, primeira tuxaua da Comunidade da Ilha, espera bons resultados do projeto. “Estou torcendo, tenho certeza desses resultados, é uma oportunidade que a prefeitura está oferecendo, então temos que aproveitar e trabalhar. São insumos, a irrigação, então acredito que para a comunidade os resultados serão os melhores”, finalizou.

Projeto HF 

O Projeto Hortifruti foi o primeiro no estado de Roraima a ofertar a tecnologia da fertirrigação para lavouras em comunidades indígenas. De 2019 para cá, nove comunidades vêm sendo atendidas, podendo melhorar a renda familiar e ter também um complemento saudável para a alimentação.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Com R$ 5,4 bilhões, BNDES e BID ampliarão financiamento a empresas na Amazônia

Banco multilateral aprovou crédito à instituição brasileira, que terá contrapartida de R$ 900 milhões no Pró-Amazônia. Programa tem potencial de atender cerca de 16 mil micro, pequenas e médias empresas.

Leia também

Publicidade