Unidades da rede municipal de saúde não possuem mais espaço para internar pacientes vítimas da Covid-19
Na primeira onda de pandemia, quando o pico foi registrado nos meses de maio e junho, o município conseguiu lidar com a situação e não chegou ao colapso, mas nesta segunda onda, com aumento dos casos registrados desde o início de dezembro passado, a rede municipal de saúde não tem mais leitos.
Ainda segundo o chefe do executivo, o período festivo do fim de ano contribuiu para este cenário. “Após as festas de fim de ano, os casos começaram a aumentar consideravelmente, aonde chegamos a ponto de não termos mais leitos para as pessoas doentes com a Covid-19”.
Na sexta-feira, (22), Porto Velho registou 168 novos casos, totalizando 46.892 contaminados desde o início da pandemia, sendo 3.224 deles de contabilizados entre os dias 1 º a 22 de janeiro. Quanto aos óbitos, o cenário é ainda pior: 82 mortes registas desde o início do ano, quase quatro mortos por dia.
Para atender com celeridade a população que apresenta os casos leves da doença, foi montada uma força tarefa nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para receber esses pacientes no período da tarde. Durante a manhã o atendimento geral continua sendo realizado. Segundo a secretária de Saúde, Eliana Pasini, é o município o responsável pelo primeiro atendimento de todos os casos da doença.
“É o município a porta de entrada desse paciente na rede de saúde. Os pacientes ligam no Call Center e são encaminhados para alguma das unidades da rede municipal e somente em casos de internação clínica ou de UTI é que são encaminhados para a estrutura do Estado”.
Call Center
Inaugurado no final de março, o Call Centro foi criado para agilizar o atendimento do paciente e evitar aglomerações nas unidades. No início, atendia cerca de 200 pessoas por dia, agora recebe mais de mil ligações diárias e também está sobrecarregado. Desde o início de suas atividades, o Call Center já atendeu 195.163 mil pessoas, sendo 21.114 somente nesses 22 dias de janeiro.