Comunidade tentava conseguir o selo há dois anos. Agora eles podem comercializar os produtores legalmente em todo território nacional e internacional.
O povo Paiter Suruí recebeu nesta semana, o Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) e se tornou a primeira comunidade indígena de Rondônia a ser reconhecida com o título. Agora, eles podem comercializar os produtos legalmente em todo território nacional.
O Secretário da agricultura familiar e cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Márcio Madalena, entregou pessoalmente o selo aos produtores indígenas, além do registro para produção da castanha e café.
De acordo com o secretário, o Senaf tem o objetivo de fortalecer a identidade do fruto da agricultura familiar, com certificação que reconhecimento nacional e internacional. Para rastrear a origem dos produtos, é utilizado um código QR, ou QR Code, com a numeração de cada um.
“É uma comunicação com mercado consumidor, uma imagem como sendo produzido por agricultores familiares. Nesse caso específico, com grande diferencial, agricultores familiares indígenas organizados em cooperativa”, informa.
A Cooperativa Paiter Suruí (Coopaiter) tentava adquirir o selo há dois anos e atualmente vê o esforço conjunto ganhando reconhecimento, além do registro para produção e venda dos produtos de forma industrializada.
“O selo nos traz ações que favorecem a produção do nosso cooperadas indígenas e leva até a certa das políticas públicas voltadas para a produção da agricultura familiar”, comemora a gerente de produção da Coopaiter, Elisângela Suruí.
Na Terra Indígena Sete de Setembro, são produzidos castanha, açaí, cacau, banana e principalmente o café. O Joel Suruí, por exemplo, possui cerca de 4 mil pés de café na terra indígena. O grão recebeu 90 pontos, em uma escala de 0 de 100, no Concurso Nacional de Qualidade do Café.
“Não tem segredo. O segredo tá na gente. A gente acredita no que a gente faz e o resultado sai na hora”, aponta Joel.