Após introduzir o Reino, Ezekiel, Shiva e o lado de péssima mentirosa de Carol no último episódio, The Walking Dead voltou sua atenção para Daryl e para um personagem que até então era mero coadjuvante: Dwight. Introduzido na temporada passada ao lado da esposa e da cunhada – que aplicam um golpe em Daryl -, Dwight é um membro dos Salvadores, grupo liderado por Negan. Ele é o responsável por tentar quebrar Daryl, fazendo com que se ajoelhe diante do vilão.
A idéia de focar em um personagem fora do núcleo principal é interessante por dar uma nova perspectiva ao espectador, mostrando um pouco mais das barbaridades cometidas por Negan, que conseguiu seu apoio à custa de muita violência.Após todo o barulho e clímax do primeiro episódio da temporada, a série volta a investir em um capítulo que oferece mais contemplação do que realmente ação. Através dos olhos de Dwight, também chamado de D., somos apresentados ao universo dos Salvadores. Conhecemos um pouco de suas regras e também de seus problemas. A figura de Negan ainda é reforçada como indivíduo egocêntrico e bárbaro, que não está satisfeito em pisar em seus subalternos. Ele faz questão de, constantemente, humilhar aqueles que fazem parte de seu grupo.Usando muita trilha sonora, o episódio mostra a rotina de Daryl no cativeiro e a tentativa de Negan em fazê-lo se curvar diante dele. Nosso herói é colocado diante de uma escolha, que deve repercutir bastante nos próximos capítulos.Quem esperava muita ação deve ter ficado decepcionado com o episódio, mas quem já conhece TWD sabe que a série sempre conta com muita enrolarão entre os capítulos em que realmente algo acontece.Austin Amelio, que vive Dwight, foi o principal destaque do terceiro episódio do novo ano, se revelando um papel perturbado, submisso e marcado por tudo que aconteceu com ele. Ele é vilão, mas ao mesmo tempo vítima. Norman Reedus entrega uma boa atuação, mas nada além do que já costuma fazer como Daryl. Já Jeffrey Dean Morgan segue ameaçador, embora tenha que tomar cuidado, pois seu personagem caminha no limite entre o horror e o cartunesco.
Fonte: Adorocinema.