O colegiado havia sido fechado em 2019 no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A reabertura contou com a nomeação de 64 conselheiros, representantes de todos os estados do Brasil
O líder do Povo Ashaninka, Comunidade Apiwtxa, no interior do Acre, e coordenador dos Povos Indígenas do Rio Juruá (Opirj), Francisco Piyãko, tomou posse como membro no Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) durante a 1ª Reunião Ordinária do CNPI, em Brasília, na última quarta-feira (17).
O colegiado havia sido fechado em 2019 no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A reabertura contou com a nomeação de 64 conselheiros, representantes de todos os estados do Brasil. São 30 indígenas, 30 servidores de ministérios e autarquias e mais quatro de entidades indigenistas.
Francisco Piyãko foi nomeado pelo Acre. “A gente discute questões que não são para tirar direito de ninguém. A gente quer que seja respeitado nosso direitor, então, a partir desses direitos a gente trabalha para que nossas comunidades tenham uma qualidade de vida e esteja no lugar de respeito também”, disse durante a posse.
A cerimônia contou com a participação de vários ministros e do presidente da república, luiz Inácio Lula da Silva. Na cerimônia, Lula anunciou demarcação das terras indígenas Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT).
A homologação é a penúltima parte do processo de demarcação e ocorreu nessa quinta-feira (18).
Novo capítulo
Em suas redes sociais, o líder Ashaninka destacou que a reativação do Conselho Nacional de Política Indigenista marca um novo capítulo do diálogo entre o governo e os povos indígenas brasileiros.
Ainda na publicação, Piyãko acrescentou que o espaço representa a força de união dos povos e deve trazer mais segurança e sustentabilidade nas políticas indigenistas. A reabertura do conselho se torna essencial para trazer à discussão os problemas enfrentados pelos povos indígenas, segundo o líder indígena.
“É muito importante termos a oportunidade de estender um debate mais qualificado, mais preparado, para fazer com que as políticas públicas, além de estarem alinhadas com a que a gente pensa, também possam chegar e acontecer de fato com a nossa participação”, disse.