Como nossa cidade era pequena, digo melhor, MUITO pequena, todos os eventos ali ocorriam. Por exemplo: Missa Campal da padroeira de Manaus; Festival Folclórico; e. lógico, muitos eventos esportivos.
No Centro de Manaus, em um lugar onde a maioria dos manauenses passa diariamente, encontramos um dos prédios mais antigos da cidade: o Colégio Militar de Manaus. Em frente ao belo monumento arquitetônico, um maravilhoso espaço esportivo, que durante muito tempo, era ponto de encontro dos Atletas de nossa “terrinha”.
Antes da virada de 1900, mais exatamente em 1889, naquele local foi criado o 23° Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro. O objetivo: proteger e defender a Amazônia.
Na Praça General Osório, também conhecida como Praça Uruguaiana, com o passar do tempo, aos poucos foram construídos o campo de futebol, a pista de atletismo, a piscina decorada e uma quadra de cimento multiuso.
Como nossa cidade era pequena, digo melhor, MUITO pequena, todos os eventos ali ocorriam. Por exemplo: Missa Campal da padroeira de Manaus; Festival Folclórico; e. lógico, muitos eventos esportivos.
Em 1971, o prefeito Paulo Pinto Nery fez a doação em definitivo do local ao Exército Brasileiro. No comando do Coronel Jorge Teixeira foi criado o Primeiro BIS. Assim, o Batalhão de Caçadores foi transferido para o bairro São Jorge. No local onde ficava a Companhia, foi criado o Colégio Militar do Exército Brasileiro.
O futebol era a grande atração. No campo do Colégio Militar, eram jogadas as partidas do Campeonato, ainda amador, do Amazonas; dos Jogos Escolares; dos Jogos Universitários; e dezenas de outras competições. Na pista de Atletismo surgiram nossos primeiros astros da modalidade.
Eu gostava de admirar e ver a versatilidade do Bosco Spener: rápido e talentoso em todos os esportes. Era muito bom assistir aos jogos de futebol do Colégio Dom Bosco, Colégio Estadual, Escola Técnica, a força do interior com o Colégio Agrícola e muitos outros. Os primeiros passos do Jogos Universitários, à época somente a UA (hoje UFAM), eram jogos entre os cursos, foram dados naquele espaço esportivo.
No espaço onde existia uma grande arquibancada foi construído o Ginásio de Esportes, repleto de Aparelhos de Ginástica. Para a inauguração do equipamento esportivo recebemos a Seleção Brasileira de Ginástica. No Ginásio recém-inaugurado foi criada a Escola de Esgrima. Assim como foram realizados vários Campeonatos Brasileiros, em especial os de Voleibol.
No Complexo Esportivo foi construído, também, uma Piscina Exótica, onde uma das atrações era a escultura de um jacaré que jogava água pela boca. Cheguei a participar de uma competição de natação naquela piscina do Colégio Militar de Manaus.
Com a cobertura da Quadra de Esportes, um muro cercou completamente e de forma definitiva a Praça General Osório. Hoje passamos pelo local e poucos lembram que ali, a cultura e o desporto amazonense começaram a ganhar personalidade. Ou seja, ali sim é o berço da personalidade coletiva do Manauense.
Por hoje é só! Semana que vem tem mais! Fuuuiiiiii!
Sobre o autor
Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
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