O farol da alfândega de Manaus permitia uma melhor fiscalização, pois cobria com iluminação longas distâncias.
No início de 1860 foi constatado um aumento substancial da exportação da borracha que era produzida no Amazonas. A borracha era transportada para o Pará, em pequenas embarcações a remo ou a vela, levando aproximadamente 70 a 90 dias para chegar no porto de Belém. Importante mencionar que os ingressos derivados dos impostos cobrados naquela cidade, ali eram retidos. Por isso, os estudos da época indicavam um possível crescimento significativo da exportação da borracha.
Em 7 de dezembro de 1866, outra importante decisão, a abertura dos portos de Manaus a embarcações dos mais diversos países do mundo, fortaleceu ainda mais a necessidade de criar uma alfândega em Manaus, que desse uma melhor atenção aos negócios internacionais.
Em 1867, foi criada oficialmente a Alfândega de Manaus, com a qual o governo brasileiro melhoraria o atendimento ao crescimento da demanda deste produtos e outros da região.
Em 1906, foi determinado e colocada uma placa para o início da obra de um pomposo prédio que seria um dos primeiro pré-fabricados do mundo, uma vez que os blocos do mesmo já viriam preparados da Inglaterra, sendo montados em Manaus.
O local escolhido foi o mesmo onde havia um prédio muito deteriorado, que era a alfândega da época. O projeto arquitetônico foi feito pelo inglês Edmund Fisher, constituído de dois prédios, sendo um para administração e outro, de dois andares, com uma torre que tinha um farol muito potente que iluminava os navios quando se aproximavam dos flutuantes.
O farol permitia uma melhor fiscalização, pois cobria com iluminação longas distâncias. Era um projeto do período renascentista italiano.
Uma das importantes tecnologias usadas foi o uso de cilindros de ferro enterrados até alcançarem um piso sólido, posteriormente recheados com concreto, que ao alcançar a solidez necessária, permitia a retirada do cilindro.
O crescimento era constante, muito em especial depois de 7 de dezembro de 1866, com a abertura dos portos para a navegação internacional, permitindo que em 1987, o trapiche chamado Princesa Isabel, o Armazém 15, cuja obra se havia iniciada no período do Império e foi concluída já no Brasil República.
Finalmente, no dia 27 de junho de 1909, o porto de Manaus – Manaos Harbor – estava completo com o prédio da alfândega e foi inaugurado com a presenca do então Presidente da República, Affonso Penna, que no mesmo dia, inaugurou também a Universidade Livre de Manaus, promovendo uma aula inaugural, ou seja, a partir daquela data, durante as noite o farol iluminou o futuro econômico de Manaus.
O resto da história eu conto depois!
FUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!
Sobre o autor
Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista