Basquete internacional em Manaus: Amazonas X Estados Unidos

A Equipe Americana programou uma série de amistosos por alguns Estados brasileiros. Roberto Gesta conseguiu colocar Manaus como a primeira parada.

Ano: 1975. Manaus recebe a turnê internacional da equipe de basquete da Universidade do Missouri, dos Estados Unidos. Mais uma bela mexida de peça, no tabuleiro esportivo do Amazonas, efetivada pelo doutor Roberto Gesta de Melo. Que ao ter conhecimento desta turnê, colocou novamente o Estado no foco do mundo.

A Equipe Americana programou uma série de amistosos por alguns Estados brasileiros. Gesta conseguiu colocar Manaus como a primeira parada. À época, uma equipe era praticamente uma seleção amazonense: Olímpico/Dom Bosco. Imbatível regionalmente falando.

Considerando o porte físico dos americanos, duas peças foram importantes para compor o elenco amazônico: Fábio do Paulistano – SP e Antônio da USP. A eles juntaram-se: Paulinho, Aranha, Carreira, João, Miguel e “Giboia” (Canadense).

Os norte-americanos ficaram hospedados no hotel do antigo Estádio Vivaldo Lima. Um detalhe vale destaque: boa parte dos “gringos” dormiram em colchões no chão, visto que eram maiores que os beliches.

A hora do jogo foi outro momento determinante, levando em consideração a temperatura. Mas foi necessário um bom desempenho de nossa equipe para segurar os americanos.

A partida aconteceu no Ginásio Coberto do Olímpico Clube, com ingresso custando Cr$ 5,00 (cinco cruzeiros), com o propósito de “alcançar qualquer torcedor”, conforme publicação da época.

No início do jogo, eles perceberam que o Aranha, a despeito de sua baixa estatura, conseguia ficar livre e com muita habilidade vencer os atletas americanos, passando até a bola por entre as pernas deles.

Desta feita, o Técnico dos Estados Unidos pediu tempo e determinou que ele (Aranha), não ficasse sem marcação individual. A partir daí, Aranha conseguiu marcar apenas um ponto de lance livre, pois ficou sob contínua fiscalização dos atletas adversários.

Com isso, o conjunto foi primordial para enfrentá-los. No fim, o destaque recaiu sobre o Paulinho (um atleta completo), que conseguiu uma pontuação muito alta.

Ao término do jogo e após a vitória, os norte-americanos convocaram o tradutor e premiaram com uma medalha, aquele que eles acharam o melhor em quadra. A premiação foi para o Paulinho!

Hoje Paulinho mora em Portugal, mas sempre é lembrado em vários esportes, em especial, na modalidade basquetebol. Lembro ainda, que ele foi o atleta preferido do Coronel Jorge Teixeira na implantação do voleibol de praia em duplas no CIRMAM.

Por hoje é só! Semana que vem tem mais! Fuuuiiiiii! 

 Sobre o autor

Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade