Espiritualidade se leva para o trabalho?

Não só estudiosos espiritualistas já vinham analisando os ambientes organizacionais, mas também grandes estudiosos do comportamento humano, ligados a universidades renomadas como Harvard e no Brasil, instituições como a Dom Cabral

Olá buscadores,

Não só estudiosos espiritualistas já vinham analisando os ambientes organizacionais, mas também grandes estudiosos do comportamento humano, ligados a universidades renomadas como Harvard e no Brasil, instituições como a Dom Cabral

(Foto: Reprodução/Internet)

O que já pude constatar é que esse tema não é novo. Não só estudiosos espiritualistas já vinham analisando os ambientes organizacionais, mas também grandes estudiosos do comportamento humano, ligados a universidades renomadas como Harvard e no Brasil, instituições como a Dom Cabral. Um desses estudiosos é o pesquisador e escritor britânico Richard Barrett. Em seu livro “Libertando a alma de sua empresa” ele levanta a premissa básica de que não se pode ter transformação organizacional sem transformação pessoal e foca bastante na necessidade de a empresa investir em programas de autoconhecimento e também de criar uma cultura organizacional espiritualizada, com conexão e propósito. Ele também aborda os conceitos de cultura organizacional e liderança considerando aspectos mais transcendentais,com um olhar holístico, considerando o homem um ser espiritual, da mesma forma como Jung, o grande psicanalista, já fazia.

(Edimar Freitas. Foto: Divulgação )

E para nos ajudar a explorar o tema com mais profundidade, convidei o Terapeuta, Coach integrativo e Executivo de Recursos Humanos, Edimar Freitas,para nos trazer a realidade prática desse tema. “Falar de Espiritualidade no Ambiente Organizacional ainda é tabu visto que as pessoas ainda confundem espiritualidade com religiosidade e, por isso, tratam com preconceito. Há quem defenda que não se pode misturar ‘as coisas’, são aqueles que acham possível ser uma pessoa em casa e outra no trabalho.Porém, também vejo uma mudança, mesmo que devagar, na forma com as empresas têm tratado os dilemas das pessoas e sobre a forma como têm desenvolvido seus profissionais – fala-se com uma certa intensidade em Autoconhecimento, tratando-o até como uma competência essencial para subir na carreira e isso é ótimo! Eu costumo dizer que se nós tivéssemos sido estimulados a buscar autoconhecimento desde a educação básica muito tempo e sofrimento seria poupado para nós e para as pessoas que convivem conosco.Além desse aspecto, as empresas também enfrentam outra dura realidade: as chamadas “doenças do século”.  As doenças oriundas de transtornos emocionais têm afastado muita gente de seus postos de trabalho – conforme a Previdência Social, no último ano, episódios depressivos geraram 43,3 mil auxílios-doença,sendo a 10ª doença com mais afastamentos. Já doenças classificadas como outros transtornos ansiosos também estão entre as que mais afastaram, na 15ª posição, com 28,9 mil casos. O transtorno depressivo recorrente apareceu na 21ª posição, com 20,7 mil auxílios“, afirma Edimar, com base em estudos da ANAMT – Associação Nacional de Medicina do Trabalho.

Diante desse cenário, a questão que surge é: como tratar esse problema? A duras penas as empresas entenderam que são, sobretudo, HUMANAS, que é impossível olhar o homem apenas sob o ponto de vista “comercial” e que precisam rever suas práticas de gestão considerando aspectos mais profundos e complexos da natureza humana. Daí o despertar de muitas organizações para essa realidade e da adoção e o estímulo de práticas nunca antes vistas em ambientes organizacionais como Yoga, Reiki, Coaching Integrativo, Psicoterapiain Company, além de programas de treinamentos de liderança onde conteúdos foram redesenhados considerando aspectos mais profundos da psique humana,levando os líderes a se conhecerem um pouco mais e estarem mais sensíveis para identificar as diferenças individuais, respeitá-las e estimular a criação de um ambiente de trabalho mais saudável onde a cura das questões emocionais também possa ocorrer, com a prática absoluta do amor incondicional.

“Há, portanto, um vasto e lindo caminho a ser percorrido. Contudo, um alerta importante: Não há receita de bolo! Como a questão aqui é olhar o homem de forma mais profunda, a sua conexão com suas crenças, o trabalho torna-se mais personalizado e profundo, o que exigirá muita conversa, muita empatia e muita paciência por parte dos líderes e dos profissionais de Recursos Humanos, que por sua vez, mais que nunca, precisarão estar também conectados com suas missões e propósitos de vida e talvez entender que tornar o microcosmo chamado empresa em um lugar saudável, também sob o ponto de vista espiritual, poderá ser a grande missão deles aqui nessa existência”, finaliza Edimar.

Portanto buscadores, o ponto alto da questão da espiritualidade no ambiente de trabalho será quando pudermos falar abertamente sobre “amor” nas empresas, sem medo algum de ser piegas. Isso será o indício de que evoluímos para um outro patamar. Comecemos por nós!!!

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