Vitamina D ou Cloroquina? Especialistas alertam para comprovação científica sobre eficácia

A notícia de que um estudo da Universidade de Turim, na Itália, identificou que os atingidos pela Covid-19 tinham carência de vitamina D, circulou nos grupos de whatsapp.

Mensagens nas redes sociais têm difundido uma série de tratamentos e até cura para a doença que já infectou pelo menos 700 mil pessoas no mundo, em pouco mais de três meses. Uma dessas circulou em vários grupos de whatsapp.

A notícia de que um estudo da Universidade de Turim, na Itália, identificou que os atingidos pela Covid-19 tinham, em grande parte, carência de vitamina D, circulou nos grupos.

Ainda não é comprovado cientificamente que a vitamina D auxilia na cura do covid-19. (Foto:Divulgação)

A mensagem diz ainda que isso explicaria o impacto da epidemia no auge do inverno no hemisfério norte. É nesse período que a população dessa região tem a menor exposição à luz do sol.

É o sol a principal fonte de produção da vitamina D.

Mas o que dizer dos casos confirmados no país?

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirma que até o momento, nenhum trabalho, com consistência científica demonstrou que um acréscimo na oferta de qualquer tipo de vitamina possa reforçar o sistema imunológico.

“Não exite isso, ainda comprovando que se eu tomar mais vitamina D do que preciso isso vai melhora meu sistema imunológico. Obviamente, se se houver alguma comprovação científica nós vamos disponibilizar”, disse o secretário.

Gabbardo destaca as vitaminas são essenciais para o sistema imunológico.

“Se alguém tem deficiência de uma determinada vitamina, a reposição é desejável, é necessária, para manter o equilíbrio e ter a sua imunidade garantida.

Depois da divulgação de um estudo na França indicando que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem ajudar no tratamento da Covid-19 houve uma corrida às farmácias por medicamentos a base dessas substâncias.

Este fim de semana, o Ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembrou que não há nenhuma vacina ou medicamento comprovado para combater o novo coronavírus.

“Não é o remédio que veio para salvar a humanidade ainda. Estamos na pista. Tem várias pistas sendo seguidas. Cloroquina é uma. O estudo é um estudo ainda incipiente. Está sendo feito mundo afora. O que o Ministério da Saúde fez: pesquisa. Esse grupo faz pesquisa. Todos os outros hospitais do Brasil podem usar. Oferecemos. Temos o medicamento. O Brasil tem cloroquina. Já tem quantos miligramas para ser usado em pacientes graves”, conta.

Na última sexta-feira (27), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Hospital Israelita Albert Einstein e colaboradores a avançarem nas pesquisas com a hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19.

O ministro explicou porque a cloroquina não pode ser administrada logo em pessoas tenha uma gripe ou sintomas leves.

 “Esse medicamento, se tomado, pode dar arritmia cardíaca, ele pode paralisar a função do fígado. Então se a gente sair com a caixa na mão falando pode tomar, podemos ter mais mortes por mau uso do medicamento do que pela própria virose. Portanto, não façam isso. Esse medicamento tem a sua indicação para lúpus, artrite reumatoide e pra malária”, disse.

A Anvisa enquadrou a hidroxicloroquina e a cloroquina como medicamentos de controle especial. Desde de 20 de março, o medicamento só poderá ser entregue mediante receita branca especial, em duas vias.

A medida é para evitar que pessoas que não precisam desses medicamentos provoquem um desabastecimento no mercado.

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