ONU pede que Venezuela respeite direito à manifestação pacífica

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu nesta terça-feira (11) ao governo da Venezuela que respeite o direito à manifestação pacífica e à liberdade de expressão de seus cidadãos e fez um apelo “a todas as partes” a renunciarem à violência. As informações são da Agência EFE.

“Estamos preocupados com os relatórios sobre violência durante os protestos. Fazemos uma pedido ao governo da Venezuela para garantir que seja respeitado o direito à manifestação pacífica e à liberdade de opinião”, afirmou a porta-voz do alto comissariado, Elizabeth Throssell, em comunicado.

Manifestantes em Caracas, na Venezuela, entram em confronto com a Guarda Nacional do país, durante um protesto que pede a eleições no país (Foto:Reprodução/Agência Brasil)
Elizabeth também falou sobre a inabilitação do líder opositor Henrique Capriles para exercer qualquer cargo público durante 15 anos e lembrou que Capriles foi “escolhido democraticamente” e foi um líder político durante mais de duas décadas.

A oposição venezuelana tem se manifestado em Caracas em apoio ao Parlamento, de maioria antichavista, pedindo eleições e a saída dos magistrados do Tribunal Supremo.

Estas manifestações, no entanto, terminaram em conflitos com a polícia, que impediu a passagem do protesto pelo centro da capital e repeliu os manifestantes com gás lacrimogêneo e outros meios repressivos.

Por esse motivo, a ONU fez um apelo “às forças de segurança para operarem em conformidade com as normas internacionais sobre direitos humanos” em suas ações para monitorar as manifestações. Além disso, o comunicado pediu aos manifestantes que usem meios pacíficos para se fazerem ouvir.

Jovem morto

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, pediu “uma investigação independente” sobre o caso de Jairo Ortiz, de 19 anos, que morreu na semana passada na cidade de Carrizal, no estado de Miranda, nos arredores de Caracas.
Incialmente foi informado que o jovem tinha morrido durante uma das manifestações contra o governo nessa localidade, mas o governo negou e afirmou que ele tinha sido morto por um policial de trânsito cujas funções não estão vinculadas à tarefa de ordem pública.
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