A campanha “Conectando Patrimônios: redes de artes e sabores” quer dar mais visibilidade a bens registrados como patrimônio cultural brasileiro
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou uma campanha com o tema “Conectando Patrimônios: redes de artes e sabores”, que tem como objetivo divulgar bens culturais produzidos por movimentos artísticos de todo o país. A iniciativa quer dar mais visibilidade a bens registrados como patrimônio cultural brasileiro, por exemplo, livretos de literatura de cordel, instrumentos musicais, cestaria indígena e até alimentos.
Como a pandemia do novo coronavírus impactou o mundo todo, inclusive o cotidiano de festas tradicionais, como o Bumba-meu-boi, no Maranhão, e os bailes de fandango caiçara, nas regiões Sul e Sudeste. E para tentar reverter esse quadro, a campanha lançada pelo Iphan conta com um site que reúne os contatos de coletivos detentores de saberes e fazeres da cultura tradicional brasileira.
A campanha vai realizar um lançamento por estado a cada semana nos próximos dois meses. O estado desta semana é o Pará, com o povo do carimbó. O mestre de carimbó Lucas Bragança comemora o retorno que já começou a ter com a divulgação de sua arte pela plataforma.
Os artistas interessados em fazer parte da campanha podem entrar em contato com a superintendência do Iphan no seu estado para obter detalhes de como aderir à ação.
Segundo o diretor do Departamento do Patrimônio Imaterial do Iphan, Tassos Lycurgo, a ideia é utilizar a publicidade dos produtos associados aos bens culturais a favor dos movimentos e proteger o patrimônio cultural do país.
No site do Iphan, o público interessado poderá conhecer e adquirir produtos de grupos como o coletivo de arte indígena Wariró do Rio Negro, no Amazonas, e do teatro de bonecos Calungas Cassimiros, do Ceará. Mas, atenção: a plataforma não faz vendas. Os interessados devem entrar em contato e comprar os artigos diretamente com os grupos.