Segundo os dados, foram registrados 496 focos de incêndio na região durante primeiro semestre deste ano
O Amazonas teve um aumento de 51,7% na quantidade de focos de queimada registrados nos seis primeiros meses de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os números apontam que o quantitativo de queimadas no primeiro semestre deste ano atingiu o recorde dos últimos quatro anos no estado.
De janeiro a junho de 2020 foram registrados 496 focos de incêndio em área florestal em todo o Estado. No mesmo período do ano passado, foram registrados 327 focos de queimadas. No primeiro semestre de 2017, foram contabilizados pelo órgão 250 focos. Em 2018, entre janeiro e junho, o total de focos de queimadas no Amazonas foi de 475.
Especialistas explicam que o bioma Amazônia, predominante no Amazonas, não tem fogo provocado por causas naturais, e as queimadas estão relacionadas diretamente à ação humana e ao desmatamento, que teve um crescimento de 6% no primeiro semestre de 2020 no estado. Conforme o Inpe, os focos de queimadas na Amazônia em junho foram os maiores para o mês nos últimos 13 anos.
Valendo desde o dia 16 deste mês, um decreto do Governo Federal determinou uma medida de “moratória absoluta”, ou seja, proibição total das queimadas na Amazônia por 120 dias. A proibição ocorre em meio à pressão interna e de investidores internacionais devido à imagem negativa do país no exterior provocada pela gestão ambiental e pelo aumento do desmatamento.