Governador de Roraima pede fechamento de fronteira por causa de pandemia do coronavírus

Segundo Antônio Denarium, cerca de 500 imigrantes chegam todos os dias pela fronteira com a Venezuela, o que pressiona o sistema de saúde pública do estado

O governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), enviou nesta segunda-feira (16) ao governo federal um ofício pedindo o fechamento da fronteira do estado com a Guiana e a Venezuela em razão da pandemia de coronavírus.

O documento é endereçado ao ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) entregou o ofício no início desta tarde no Ministério da Defesa, onde autoridades discutem o tema.

Denarium disse haver um “risco efetivo” de circulação do vírus na fronteira, o que poderia agravar a crise na saúde pública estadual.

Foto: Alan Chaves/Rede Amazônica

Na última quinta-feira (12), Denarium já havia se manifestado pelo fechamento da fronteira em conversa com o ministro da Saúde, Henrique Mandetta.

“Solicita-se, tendo em vista a declaração de pandemia do coronavírus pela OMS no último dia 11 de março de 2020, e o prognóstico do próprio governo federal, de um aumento significativo do número de casos nas próximas semanas, que seja declarada razão de proteção da saúde pública como fundamento para fechamento da fronteira com a Venezuela e a Guiana”, pede Denarium no ofício.

No documento, o governador de Roraima cita o fluxo migratório de venezuelanos na região.

Segundo Denarium, cerca de 500 imigrantes chegam todos os dias pela fronteira com a Venezuela, o que pressiona o sistema de saúde pública do estado, “cujas unidades estão superlotadas e com pouco espaço”.

Em relação à Guiana, o governador lembrou a confirmação da primeira morte no país e destacou “precedentes” adotados por EUA, Rússia e Argentina, que suspenderam de voos oriundos da Europa.

“Na hipótese do Brasil, de toda extensa fronteira existente, a parte vulnerável é justamente a localizada no Estado de Roraima, que faz divisas com a Venezuela e a Guiana Inglesa”, afirmou.

Ainda de acordo com Denarium, “a vulnerabilidade” na região se dá pela falta de informações e confiabilidade em relação aos dados e a realidade sanitária na Venezuela. 

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