106 mil clientes rondonienses são regularizados pela Energisa em três anos

Medida reduz o desvio de energia provocado pelos “rabichos” e é um dos compromissos regulatórios da empresa, que também é obrigada a combater furto e fraude

Desde que chegou em Rondônia, em outubro de 2018, a Energisa já regularizou o fornecimento de energia para 106 mil famílias. As iniciativas acontecem em todos os 52 municípios e fazem parte do projeto de combate a perda de energia no Estado, que também combate o furto de energia.

De acordo com o diretor técnico da empresa, Fabrício Sampaio Medeiros, o Estado é um dos campeões no desvio de energia. Se toda a energia desviada em 2020 tivesse sido faturada, Rondônia teria arrecadado mais de R$ 90 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), dinheiro suficiente para comprar cerca de 470 ambulâncias equipadas com Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).

Bairro Tucumanzal, em Porto Velho (RO), antes da regularização. Foto: Divulgação/Energisa

Para o diretor técnico, acesso à energia é muito mais do que ter um “rabicho” ligando uma residência à rede elétrica, como acontecia em muitos lugares de Rondônia. “A empresa tem muita dificuldade de garantir a qualidade onde existe muita ligação clandestina porque se prepara para entregar uma determinada quantidade de energia, mas a demanda é muito maior”, explica, frisando que as fraudes e furtos também prejudicam a qualidade.

Medeiros reforça que a empresa tem o compromisso de levar energia de qualidade para os clientes, essencial para fazer funcionar a bomba de água, o secador de cabelo do salão de beleza e até mesmo girar o pratinho do micro-ondas. Para isso, usa tecnologia de ponta para identificar de onde pode estar sendo desviada energia.

Leia também: Inteligência artificial, a aliada no combate a fraudes

Bairro Vila Princesa, em Porto Velho (RO), depois da regularização. Foto: Divulgação/Energisa

Proteção

Os medidores também são certificados pelo INMETRO. Chegam ao Estado lacrados e são lacrados novamente depois de instalados na casa do cliente. Só os técnicos da empresa podem mexer no medidor.

Leia também: Mais de 60 lacres e medidores de energia usados para fazer ‘gato’ são apreendidos pela PRF em RO 

Para Fabrício Sampaio Medeiros, o rondoniense que só tinha acesso à energia por meio de ligações clandestinas (“gatos”), que não podia reclamar da qualidade, hoje tem uma ligação de verdade e cidadania: pode acessar programas sociais do setor, como a Tarifa Social de Energia; e buscar seus direitos,  inclusive o de ter uma energia de qualidade.

“O talão que o cliente regularizado recebe todo mês não é apenas mais uma conta para pagar. Serve de comprovante de residência, mostra quanto tempo ele ficou sem eletricidade e se esse número está dentro das metas que o órgão regulador do setor elétrico estabelece para a empresa”, resume, lembrando ainda que, na conta de energia, também há a informação do destino dos recursos arrecadados pela empresa de forma transparente. 

“De cada cem reais, 40 ficam com quem gera e transporta energia, 40 com o governo, que arrecada impostos e contribuições, e 20 reais ficam com a distribuidora, que paga salários e realiza investimentos com essa parcela de pouco mais de 20% da fatura”, explica.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

1° do Norte: autor amapaense Gian Danton recebe principal título dos quadrinhos no país

Com mais de 30 anos de carreira, Gian Danton consolida posição de Mestre do Quadrinho Nacional entre os principais nomes do país. Título é considerado o mais importante do Prêmio Angelo Agostini.

Leia também

Publicidade