Polo Industrial de Manaus reduz volume de demissões em 45%

O volume de demissões do Polo Industrial de Manaus (PIM) caiu pela metade no primeiro trimestre deste ano em relação a 2016. De janeiro a março do ano passado, foram 6.946 trabalhadores demitidos enquanto no mesmo período deste ano, o volume de desligamentos foi de 3.786, o que representa uma queda de 45,5% no comparativo semestral. Até agora, março foi o mês que mais encerrou postos de trabalho com 1.690 homologações. Os dados são do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM).

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a queda nas demissões em grande escala no pátio industrial mostra que já há uma pequena estabilização. Porém ele comentou que embora esse resultado seja menor em relação a 2016, a expectativa era que o setor não demitisse mais. “Esperávamos uma melhora nesse primeiro trimestre do ano, o que não aconteceu devido muitos segmentos não estarem estabilizados. No entrando, os números representam um pequeno sinal de melhora na economia ainda que com cautela, sem comemorações. Sabemos que quando a indústria vai bem, isso reflete em outros setores e na arrecadação. Vamos ver como se comporta em abril”, analisou.

Na avalização de Azevedo, o momento é de aguardar os impactos das medidas implantadas pelo governo federal. Segundo ele, a projeção é que a produção industrial, assim como os demais segmentos econômicos nacionais reajam positivamente somente a partir do segundo semestre desta ano. “Acredito que a partir de agosto tenha uma possibilidade de recuperação para a economia brasileira, o que reflete na produção local. Dependemos dessas mudanças anunciadas pelo governo”, comentou Azevedo acrescentando que as reformas são necessárias e urgentes. “A única que interfere no poder de consumo e diminuiu a competitividade dos produtos é a criação de tributos”, destacou.

Foto: Walter Mendes/Jornal do Commercio
Conforme os números do Sindmetal, de janeiro a março deste ano entre as empresas que apresentaram maior índice de desligamentos estão: Moto Honda da Amazônia (517), Robertshaw (428), Samsung da Amazônia (212), Whirlpool (155), LG do Brasil (122), Flex (121), Positivo Informática (103), Jabil do Brasil (86), Salcomp da Amazônia (84) e Yamaha da Amazônia (60). No setor industrial, os maiores volumes de demissões registradas no último mês ocorreram nas empresas: Robertshaw (415), Moto Honda da Amazônia (181), LG do Brasil (78), Samsung da Amazônia (73), Whirlpool (51), Salcomp da Amazônia (38), Flex (34), Positivo Informática (30) e Yamaha da Amazônia (27).

Algumas empresas aderiram ao Programa Demissão Voluntária (PDV) e outras estão fechando as portas, como é o caso da Robertshaw, informou o Sindmetal-AM. Os trabalhadores que aderem ao programa recebem um valor de bonificação, além de 20% por ano trabalhando e terão, ao longo de seis meses, plano de saúde e ajuda alimentação, além dos benefícios previstos em lei.

O relatório também apontou que o mês de janeiro registrou 637 desligamentos, sendo 215 mulheres e 422 homens. Em fevereiro as demissões chegaram a 1.438 pessoas e março esse número subiu para 1.690 trabalhadores. Já no primeiro mês de 2016 , foram 2.239 demitidos, o mês de fevereiro registrou 2.251 homologações e março marcou 2.457 postos de trabalhos.

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