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Terça, 23 Abril 2024

Economia do Amazonas vai piorar daqui a seis meses, avalia consumidor



MANAUS
- A Pesquisa de Intenção de Compra e Confiança do Consumidor, divulgada ontem pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Amazonas (Ifpeam), reflete pessimismo do consumidor frente ao cenário econômico e político nacional. Para 48,3% dos entrevistados a economia do Amazonas para os próximos seis meses estará um pouco ou muito pior do que o período atual. Para 28,2% a situação permanecerá inalterada. Enquanto que 23,5% da população acreditam em uma melhora no cenário econômico do Estado.
Conforme o levantamento, referente ao mês de outubro, 64% dos consumidores acreditam que no próximo mês os preços dos produtos estarão mais altos do que os valores atuais. Para 56% dos entrevistados hoje está mais difícil conseguir um novo emprego em comparação ao mesmo período de 2014. Mesmo assim, o consumidor espera gastar em média R$250 na compra de um presente para o Dia das Crianças.
A pesquisa foi aplicada no mês de setembro e teve como participantes 400 moradores de todas as zonas da capital, dos quais, 4,5% relataram receber renda familiar mensal de até um salário mínimo, equivalente a R$788, sendo que 88,8% dos participantes relataram receber renda mensal entre um e quatro salários mínimos. No quesito índice de confiança do consumidor o levantamento mostrou que apenas 18,3% dos entrevistados relataram que a situação econômica atual, comparada a outubro de 2014, pode ser considerada um pouco ou muito melhor. Por outro lado, constatou-se que 34,5% dos entrevistados avaliaram que a situação permanecia igual e 47,2% disseram que o cenário atual está pior em relação ao mesmo período do ano passado. “O país está em uma situação caótica e fica difícil se manter otimista. A pesquisa reflete o que a população está pensando. Sabemos que mais de 30 mil pessoas perderam os empregos no Distrito Industrial e com isso há uma queda no poder de compra do consumidor”, frisa o assessor econômico da Fecomércio, José Fernando da Silva.
De acordo com Silva, mesmo com o cenário de retração econômica e financeira há um público que não abre mão da compra dos presentes em comemoração ao Dia das Crianças. O relatório aponta que 41% dos consumidores pretendem comprar algum presente, com destaque para os brinquedos e vestuário, gastando em média R$250. “O índice de confiança do consumidor e também do empresário na economia do país caiu muito. Mesmo assim o consumidor afirma que pretende destinar um recurso para a compra do presente. Hoje, infelizmente a pessoa que vai ao supermercado não consegue, com o mesmo valor de um mês anterior, comprar os produtos adquiridos anteriormente”, frisa.
Segundo a pesquisa, a maior demanda registrada no ato das compras está relacionada ao item vestuário, com 20,3%; seguido do setor de calçados, que registra 19% da preferência; tecidos, com 16,8%; celular, 10,3%; artigos desportivos, 3,3%; utilidades domésticas e de informática, ambos com percentual de 2,5%.
Especificamente para o Dia das Crianças a pesquisa apontou que 51,2% dos participantes pretendem comprar brinquedos, 13,4% vestuário, 10,4% bicicleta, 9,8% tablete, 6,7% celular, e 4,9% jogos. A maioria dos entrevistados, o que corresponde a 42%, disse que pretende investir entre R$101 e R$300, com uma média de R$250.

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