No dia 6 de fevereiro, o presidente do Banco da Amazônia, Marivaldo Gonçalves de Melo, e o governador do Amazonas, José Melo, assinarão um protocolo de intenções para impulsionar os negócios sustentáveis no Estado. A cerimônia de assinatura será realizada no Palácio do Governo e possui presenças confirmadas de secretários de Estado e do novo superintendente regional do Banco no Estado, Nélio Gusmão, que tomará posse nesta mesma data durante o encontro com o governador.
De acordo com o presidente Marivaldo Melo, os recursos que o Banco da Amazônia pretende aplicar no Amazonas em 2017 são oriundos do fomento e da carteira comercial e correspondem a R$ 1,047 bilhão, sendo que R$ 874 milhões são do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) e R$ 173,2 milhões, do crédito comercial. Desses R$ 874 milhões, cerca de R$ 39 milhões estão destinados à linha FNO-Pronaf; R$ 727,98 para a linha FNO-Amazônia Sustentável; R$ 2,28 milhões para a linha FNO-Biodiversidade; em torno de R$ 94 milhões para o FNO-MPEI e R$ 11,12 milhões para a linha FNO-ABC.
“Temos condições de fomentar o desenvolvimento do Amazonas em bases sustentáveis. Mas precisamos fortalecer ainda mais as parcerias, não somente com o governo, mas também com sindicatos, associações e demais setores produtivos para a melhoria da qualidade de vida da população. O nosso compromisso é aplicar o FNO em 100% dos municípios do Estado, priorizando a mesorregião do Alto Solimões e tipologia PNDR nas regiões de menor dinamismo”, comentou.
Entre os projetos sustentáveis prioritários para o Amazonas, está o de construção naval, que beneficiará os municípios da Região Metropolitana. Em todo o Estado, serão beneficiados os projetos de fruticultura, produtos florestais não-madeireiros (castanha, borracha, óleo e sementes) e madeireiros, mandioca, agroindústria (fruticultura, movelaria, fécula, laticínios, fitofármacos), avicultura (postura e caipira).
No que concerne aos investimentos e realização de negócios sustentáveis nas mesorregiões e microrregiões as oportunidades englobam, por exemplo, desde a pecuária de corte e de leite (Humaitá, Boca do Acre, Parintins e Carauari), passando pelo extrativismo (Carauari), extrativismo vegetal e pesca artesanal (Humaitá).
Serão investidos R$ 1,047 bilhão no Estado. Foto: Walter Mendes/Jornal do Commercio
Há investimentos previstos, ainda à pesca, fruticultura e bubalinocultura (Itacoatiara), ao setor industrial (Polo Duas Rodas, Metalúrgico, Eletroeletrônico, Construção Civil, Naval, Turístico e Fitoterápico/ Fitocosmético), guaraná orgânico (Maués), mandioca e turismo ecológico (Parintins).
O protocolo entre o Banco e o governo do Amazonas prevê a mobilização e a integração das classes produtivas e demais parceiros institucionais para a utilização dos valores disponíveis no Plano de Aplicação de Recursos do Banco da Amazônia 2017. O trabalho conjunto prevê, ainda, contribuir com a estruturação e o fortalecimento dos aglomerados econômicos, arranjos produtivos locais e as cadeias produtivas do Estado e criar iniciativas que reduzam as desigualdades locais. A parceria também objetiva a promoção da cultura do empreendedorismo consciente, estimulando e apoiando a adoção de melhores práticas produtivas sustentáveis, por meio de negócios que gerem a distribuição de renda, criem oportunidades de ocupação de mão de obra e de emprego e promovam a inclusão social.
Para cumprir com esses objetivos, caberá ao Banco atuar de acordo com as políticas dos governos federal e estadual, apoiar o fortalecimento do associativismo e do cooperativismo de produção do meio rural, agroindustrial e industrial e assegurar recursos para financiar o investimento, custeio e capital de giro. Já ao governo estadual caberá potencializar o agronegócio, promovendo a inserção da produção familiar nos mercados, bem como os setores industriais e de serviços, a partir da expansão de atividades de maior demanda de mão de obra, intensificando a geração de emprego e renda. E, ainda, assegurar e disponibilizar os serviços de assistência técnica e extensão rural do Estado e garantir recursos financeiros para melhorar e expandir a infraestrutura econômica básica em áreas prioritárias.
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