Balança do Amazonas tem deficit de US$ 6,8 bilhões

MANAUS – A balança comercial do Amazoans registrou saldo negativo de US$6,8 bilhões no período de janeiro a setembro de 2015. Os números, divulgados pelo (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) apontam que as importações do Estado totalizaram US$7,4 bilhões. Enquanto as exportações atingiram US$581,5 milhões. As informações do Mdic mostram um crescimento de 319,8% nas importações a partir do Vietnã, cujas compras foram de US$300,3 milhões.

O Amazonas também importou mais da Argentina, representado por US$ 20,8 milhões, 85,5% a mais do que no último ano. Proporcionalmente, a maior queda nas importações aconteceu nos negócios com Antilhas Holandesas, que totalizaram US$ 49,5 milhões, baixa de 69,27% em comparação a igual período de 2014.  Também houve elevação expressiva no índice de exportação a países como Vietnã, Alemanha e Espanha. Juntos, eles totalizam vendas de US$36,5 milhões. Por outro lado, as vendas internacionais apresentaram redução com o Peru (82,3%), na Índia (58,3%), no Chile (44,6%) e também na Argentina (40,2%).
Segundo o gerente executivo do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fieam), Marcelo Lima, o índice negativo apresentado pela balança comercial é resultado dos problemas econômicos que atingem o país e consequentemente o Amazonas. Lima afirma que a instabilidade econômica também atinge os principais compradores do Amazonas, como por exemplo a Argentina, que apresentou queda de 40,25% nas exportações. “A Argentina também enfrenta sérios problemas no sistema econômico e isso atinge os outros países”, comenta.
Lima explica que as comercializações com o Vietnã são ocorrências pontuais e surgem como uma alternativa de escoamento da produção local enquanto os principais compradores se restabelecem dos problemas econômicos. “Esse índice crescente de exportação para o Vietnã é momentâneo. Não acontece com regularidade. São situações pontuais”, afirmou.
O gerente ainda disse que a alta do dólar favorece as exportações, ao mesmo tempo em que prejudica as importações. “O câmbio é o fator predominante para justificar esses aumentos nas exportações. Se a cotação está elevada as exportações são favorecidas. Porém, as importações são prejudicadas”. De acordo com Lima, o crescimento nas comercializações com a Alemanha acontece emdecorrência da venda do minério nióbio, que também é enviado à China. “As exportações estão crescendo para esses países há algum tempo”, afirma. Lima informa que o CIN busca incentivar a prospecção de novos negócios no mercado internacional com o intuito de incentivar as exportações. O departamento busca maiores contatos com a Ásia, África, América do Norte e países do Caribe. “Vemos que o Mercosul tem uma economia instável, por isso, precisamos buscar novos mercados. Desenvolvemos trabalhos por meio de estudos de mercado dos produtos”, disse. “O empresariado brasileiro está voltado a prospectar negócios no exterior. A elevação do câmbio dá condições de prospecção de mercado”, completa. 
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