Amazonas registra pior queda na produção industrial em 2015

MANAUS – A produção industrial do Amazonas caiu 14,7% no acumulado de janeiro a agosto deste ano em relação a igual período de 2014, de acordo com a pesquisa industrial do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, a indústria instalada no Amazonas tem o pior desempenho do País, com mais que o dobro da média negativa nacional de 6,9%. De acordo com a Pesquisa do IBGE, em agosto de 2015, a produção industrial do Estado ajustada sazonalmente recuou 2,2% frente ao mês imediatamente anterior, terceira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto, período em que acumulou perda de 5,3%. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral mostrou queda de 1,8% na passagem dos trimestres encerrados em julho e agosto, mantendo a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial do Amazonas recuou 13,8% no índice mensal de agosto de 2015, segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. O índice acumulado de janeiro a agosto de 2015 mostrou recuo de 14,7%, intensificando o ritmo de queda observado no primeiro semestre do ano (-14,2%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -12,6% em julho para -12,8% em agosto de 2015, manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (9,5%)”, diz a nota divulgada pelo Instituto.
Pelo levantamento do IBGE, o setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,8%) exerceu a influência negativa mais relevante sobre o total da indústria, pressionado, em grande parte, pela menor produção de televisores, computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, handhelds, tablets e semelhantes), telefones celulares, receptor-decodificador de sinais de vídeo codificados, monitores de vídeo e gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater integrado e semelhantes). “Vale mencionar ainda os recuos vindos de outros equipamentos de transporte (-11,6%), de impressão e reprodução e gravações (-51,5%), máquinas e equipamentos (-31,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,9%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-40,1%), pressionados, em grande medida, pela menor fabricação de motocicletas e suas peças, no primeiro ramo; de discos fonográficos reproduzidos a partir de matrizes e DVDs, no segundo; de aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo “split system”), no terceiro; de gasolina automotiva, óleo diesel e óleos combustíveis, no quarto; e de conversores estáticos elétricos ou eletrônicos, fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante, baterias e acumuladores elétricos e aparelhos elétricos de alarme, no último. Por outro lado, o principal impacto positivo veio do ramo de bebidas (10,1%), impulsionado especialmente pela maior produção de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais”, afirma o órgão  
Redução em dez estados
A produção industrial teve queda em dez dos 14 locais pesquisados pelo IBGE em setembro, informou o instituto nesta quarta-feira (7). A maior baixa na produção foi registrada no Pará, de 4%, o que intensificou o ritmo de queda na comparação ao mês imediatamente anterior (-0,4%). Goiás (-3,2%) e no Rio Grande do Sul (-2,8%) aparecem logo atrás como as maiores quedas, sendo que o primeiro eliminou a alta de 0,5% do mês anterior.
Amazonas (-2,2%), Pernambuco (-2,2%), Espírito Santo (-1,9%), São Paulo (-1,7%) e Paraná (-1,3%) também tiveram recuos mais intensos que a média nacional (-1,2%) em agosto. No caso de São Paulo, foi a terceira taxa negativa consecutiva. Em apenas três meses, a indústria paulista teve queda de produção de 4,4%. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, a produção de São Paulo encolheu 12,9%.
Resultado  pior foi registrado apenas pela indústria do Amazonas, com queda de 13,8%. Dezesseis das 18 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE tiveram queda em agosto.
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