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Quinta, 25 Abril 2024

Tom de despedida: último discurso de Phelippe Daou aos funcionários em Manaus

Tom de despedida: último discurso de Phelippe Daou aos funcionários em Manaus
Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Aos 87 anos, o jornalista e presidente do Grupo Rede Amazônica, Phelippe Daou, morreu na tarde desta quarta-feira (14). O jornalista estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e morreu às 13h (horário de Manaus) em decorrência de um infarto. Em seu último discurso aos funcionários, no dia 1° de setembro deste ano, o jornalista comemorou os 44 anos da fundação do Grupo em Manaus. Em tom de despedida, o jornalista enfatizou a busca pela melhoria da comunicação no Estado. Leia na íntegra:

"Prezados amigos, eu quero pedir desculpas pela tristeza de que eu estou possuído. Embora alegre pelos 44 anos. A tristeza é de dois companheiros: o Milton e o Joaquim. Companheiros desde a primeira hora. E eu quero dizer a vocês que o que me dói é que o esforço foi o mesmo, do começo ao fim. Nós estamos numa etapa e eles dão por encerrada a sua atividade. Isso não me dá sossego. Não me dá tranquilidade de ver os dois companheiros assim [choro].

Eu queria dizer a vocês, dá a vocês uma mensagem de amor, que todos os anos a gente pode fazer isso. E que eu vou tentar ver se duas ou três palavras no final para agradecer tudo que eu, eu pessoalmente tenho recebido de vocês. Mas queria chamar a atenção de todos vocês agora, que a gente está dentro de uma atividade melhor organizada, estamos mais desejosos de conquista de outros caminhos. Eu queria dizer a vocês que eu tenho plena confiança na capacidade de todos vocês. E eu acredito que havendo solidariedade entre vocês, nos seremos imbatíveis.

São 44 anos de vida desta empresa. Que nos dá muito prazer e honra de ter vivido esses 44 anos. Porque hoje eu posso dizer a vocês que quando nos inauguramos há 44 anos a Rede Amazônica, nos fizemos questão de oferecer pra vocês, uma oração que já deu a mim e ao Moreira,o nosso bravo companheiro de Brasília, na busca de um pequeno recorte que eu vi na basílica lá de Brasília. E que dizia isso.

Ela foi a grande inspiração e é a grande inspiração da nossa vida. Quando vocês tiverem dúvida de que o que nós fazemos pela vontade de Deus, e com o objetivo de servir a Deus, é com a consciência formada não é só dos 43 anos, são os 44 anos de luta que as pessoas, nos 3 mesmo, os 3 companheiros, várias vezes dizíamos: Vale a pena. Lá no fundo do coração é como se a gente ouvisse: Vão em frente. Vão em frente. Só para. Só desiste quem não tem fé. E eu vou querer lembrar a vocês porque apesar desta oração está em vários pontos aqui da nossa sede, e tem vindo de outros lugares onde nos temos sido instalados, que diz assim. E eu queria que vocês nunca esquecessem essa oração, que vocês tivessem na Rede Amazônica, como quem está no cumprimento de um desejo de servir a Deus. Porque só ele pode servir a todos nós.

Vejam vocês: 44 anos e a gente puder hoje fazer duas leituras que para mim é sempre muito importante. A oração que era a base de sustentação daquilo que a gente pensava que era um verdadeiro sonho que as pessoas o que vocês estão é sonhando. Vocês não vão conseguir. E a gente ali. E hoje vocês são testemunhas de que todos juntos a gente pode fazer o que tem sido feito. Esta oração é muito simples e diz o seguinte: “Senhor, de me prudência nos meus empreendimentos, coragem nos perigos, paciência nas adversidades, humildade na prosperidade. Faze me ver quão pequena são as coisas da terra, quão grande o que é de Deus, quão breve o tempo, quão dilatada a eternidade”.

Isso foi parte de um pronunciamento do Papa a época, o Clemente XI. E eu quero dizer a vocês que quando nos inclinamos, nos inclinamos por esta oração, para ser realmente o grande condutor do nosso caminho, nos também  (pausa longa) pedimos a Deus que nos inspirasse nos dizeres da nossa bandeira. A bandeira que a gente imaginava ter o nome e sala com esse nome e que nos desaparecêssemos, mas a zona franca, mas a Rede Amazônica tivesse como lembrança sempre, que aquilo era um dever a cumprir e que diz apenas o que vocês já sabem. O que nos dissemos na nossa bandeira, na nossa bandeira. Que o que eu quero dizer a vocês que hoje mais do eu nunca ela, é como se fosse inaugurada hoje. É aquela bandeira que nos encaminha para que a gente tenha sempre presente que o nosso dever e a nossa obrigação para com todos, sobretudo com o povo que nos servimos.

Exatamente: VERDADE, JUSTIÇA e LIBERDADE. Isso não é negociável nunca. Nunca passe pela cabeça de vocês que são, que serão os nossos sucessores, que serão as pessoas que vão dar vida, e quem sabe dar maior dimensão a Rede Amazônica, porque a Amazônia sem a Rede Amazônica, ela não será a grande região que todos nos desejamos. Vocês veem as dificuldades que são opostas. Vocês veem o combate que a gente faz diariamente em defesa da região. E é quase que verdadeiramente, a lágrimas de sangue, que a gente dá um passo a frente.

Mas quando a gente consegue é tão grande a nossa alegria, tão grande é o resultado do esforço que a gente diz valeu a pena. E é só o que eu quero que vocês também, os que ficarem nos substituindo, digam sempre isso: eu estou fazendo pela minha região, não é por pessoas. To fazendo por uma região que tem o direito. Porque o seu tamanho, ela é maior do que o Brasil. Ela tem o direito de ser a grande região de que o mundo sempre festeja, mas que é na base de “vamos lá” pra ver o inferno verde e tal.

Nós não queremos que seja só isso. Nós queremos que os nossos rios sejam eficientes, as nossas riquezas sejam eficientes, e que nos façamos da Amazônia realmente o grande bem que todos nós desejamos para o Brasil. O Brasil está as vésperas de começar um novo tempo. Não se esqueçam disso. Nós esperamos. Nós sofremos. Ainda vamos sofrer um pouco. Mas creiam que nós vamos dar que a gente muito sonhou nesses últimos tempos, nesses últimos anos, nesses últimos dois anos de sofrimento.

Meus amigos, eu também quero dizer a vocês que eu me sinto muito orgulhecido da presença entre nós de um homem fino, um homem de qualidade excepcional, que não diz que sabe. E sabe. Que não diz que faz. E faz. Um homem simples, que acha que a Amazônia é realmente uma região que da qual ele participa e lá no Líbano, tão longe daqui, eu tenho noticias porque agora com a internet, ele diz eu vou fazer uma exposição daqui a pouco. E logo em seguida a gente entra com o portal da Amazônia para mostrar a exposição no ar. E se todos nos também amarmos a Amazônia  as distancias não vão ser obstáculos, para que a gente não cresça, para que a gente não ame, para que a gente não faça as coisas pela nossa região.

Eu também quero fazer um destaque para o Moreira. Que todo mundo fala: “Brasília, Moreira”, “Brasília, Moreira”. E é esse Moreira que vocês estão ai. Não é um homem de ouro. Mas é um companheiro de todos os momentos. Podem ficar certos disso. E eu não queria agora também baixar pro nível do corpo da empresa, porque senão eu diria, todos vocês, todos vocês nos dão felicidade. E podem dar muito mais felicidade na medida que vocês cuidarem melhor e mais eficientemente da Amazônia. Nada é mais importante para nos do que a Amazônia. Nada. Nada. Nada absolutamente nada. Quando eu falo estas palavras ate que renova o meu sentimento de ter os dois companheiros no mesmo dia passão que sempre estivemos.

Vamos fazer isso? Se tu achas que vamos fazer, vamos. Se tu achas que não vai fazer, não vai fazer. E a recíproca também era verdadeira entre o que eles diziam, o que eles faziam, o que eles ainda fazem, e que Deus está usando como sentimento de um grupo que diminui mas não quantitativamente, diminui pelo rebaixamento da atividade, mas os filhos estão ai, eles tem responsabilidade com o nome do pai. Eles tem responsabilidade com o nome da região. E eu acredito que todos nos juntos continuaremos a grande força que somos hoje e que temos também sempre o desejo de não faltar com correspondência a tudo que a gente recebe de Deus. Sem ele, nada. Com ele, tudo. Sejam todos muito felizes!

Dom Sérgio quando disse: “hoje já passou um ano” porque no ano passado nos tivemos também o registro de mais um ano, os 42 anos. E dom Sergio fique certo que nos vamos ter encontro muitos superiores. Porque nos não somos donos da nossa vida.  Mas somos donos daquilo que desejamos fazer. Que Deus nos proteja sempre e a sua igreja, a todos vocês, sem distinção. Este cidadão que está aqui do lado que é,  não sei o que eu possa dizer o que ele é. Se é nosso irmão, se é nosso companheiro. Padre Francisco, felicidades!"

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