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Sexta, 26 Abril 2024

Relatório afirma que Grupo de Intervenção Penitenciária demorou para conter massacre, no Amazonas

Relatório afirma que Grupo de Intervenção Penitenciária demorou para conter massacre, no Amazonas
Entre domingo (26) e segunda-feira (27), 55 detentos foram mortos em quatro unidades prisionais do Estado do Amazonas e policiais do Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP) demoraram a chegar em três dos quatro presídios para evitar as mortes, segundo relatório da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados do estado, que será entregue nesta segunda-feira(3) ao ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Foto:Divulgação


A comissão formada por parlamentares inspecionou as unidades prisionais de Manaus - incluindo o Compaj, onde aconteceram pelo menos 15 mortes, durante o último domingo. O presidente da frente parlamentar Mista de Desenvolvimento Estratégico do Sistema Penitenciário Combate ao Narcotráfico e ao Crime Organizado no Brasil, deputado Alberto Neto (PRB-AM), afirmou que houve demora na atuação do GIP.


“O grupo de intervenção, o GIP, demorou muito a chegar nos outros presídios. No primeiro presídio que eles estavam locado o grupo chegou rapidamente e fez a intervenção. Nos outros presídios a demora foi maior e obviamente aconteceram mais mortes”, disse o deputado, afirmando que os policiais estavam locados apenas no Compaj. “Para chegar nos outros presídios levou um tempo, mas, quando eles chegaram, rapidamente o fizeram”, pontuou.


Ainda segundo os levantamentos, além da demora na chegada no GIP, não havia nenhum agente prisional do estado na unidade, e um número insuficiente de agentes de ressocialização da Umanizzare para a demanda de presos no domingo (26), quando 15 detentos foram mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).


"O problema que nós enxergamos é que o efetivo é muito pequeno para a quantidade de presos. Há um problema conceitual de que o preso precisa ser mais controlado, e não é só aqui no Amazonas, é no Brasil como um todo", disse Alberto Neto.

Foto:Divulgação


O relatório tem a ideia é cobrar a destinação de recursos para reformas, compra de equipamentos e construção de novas unidades.


A equipe de reportagem entrou em contato com as assessorias da secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Segurança Pública (SSP-AM) e comunicação Social (Secom), e aguarda retorno. Em entrevista ao G1 Amazonas, a Umanizzare disse que "não houve faltas" no dia do massacre. "Nosso pessoal não usa arma, não faz segurança. Então se tivesse 3 ou mil não faria diferença, porque não tinha como intervir", informou a assessoria.





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