Morre o jornalista e presidente da Rede Amazônica, Phelippe Daou

Foto: Rodrigo Sales/Rede Amazônica

Morreu na tarde desta quarta-feira (14), aos 87 anos, o jornalista e presidente do Grupo Rede Amazônica, Phelippe Daou. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e morreu às 13h (horário de Manaus) em decorrência de um infarto. O jornalista havia passado por uma intervenção cirúrgica para implantação de um estente na segunda-feira (12). O velório acontece nesta quinta-feira (15), no Salão Nobre do Studio 5, em Manaus.

O corpo deve chegar a Manaus por volta das 11h desta quinta. A partir do meio-dia, o velório terá um momento reservado para amigos e familiares. A cerimônia aberta ao público começará às 14h.

Segundo o diretor administrativo-financeiro do Grupo Rede Amazônica, Alexandre Caxias, Phelippe foi a São Paulo no último dia 6 de dezembro para realizar exames de rotina. “Ele estava bem e ativo, como sempre. Foi para São Paulo falando sobre planos e a Amazônia”, contou. “Ele sempre realizou os check-ups em São Paulo. Desta vez, se constatou um entupimento em uma artéria e ele se submeteu a este procedimento cirúrgico do qual não se recuperou, infelizmente”, disse.

O jornalista foi um dos fundadores do grupo que conta atualmente com um complexo de emissoras de rádio e televisão em diversos estados da Região Norte. Viúvo de Magdalena Arce Daou, é pai de dois filhos Phelippe Daou Jr. e Cláudia Daou Paixão e Silva e avô de quatro netos.

Biografia

Nascido no dia 15 de dezembro de 1928 e de origem libanesa, o jornalista completaria 88 anos nesta quinta-feira (15). Filho do comerciante José Nagib Daou e de Nazira Chamma Daou, fez seus primeiros estudos na Escola Progresso de Manaus, dirigida pela professora Julita Berjona. Em seguida, ingressou no Colégio Estadual do Amazonas, onde concluiu o secundário e científico.

Prestou vestibular para a Faculdade de Direito do Amazonas, onde formou-se. Muito cedo ainda, iniciou no jornalismo como repórter do Jornal do Comércio, mas a ascensão na carreira começaria um ano depois, com sua transferência para a empresa Archer Pinto, proprietária, na época, de ‘O Jornal e Diário da Tarde’, onde exerceu diversas funções redacionais. Atuou ainda como redator da Rádio Rio Mar.

Em 1968, ele e os empresários Milton Magalhães de Cordeiro e Joaquim Margarido fundaram a Amazonas Publicidade (atualmente Amazonas Distribuidora), com o objetivo de implantar um conglomerado de mídia no Amazonas. Daou foi o último do trio a morrer.

No aniversário de 44 anos da Rede Amazônica, dia 1° de setembro, o jornalista realizou seu ultimo discurso aos funcionários, onde disse: “Verdade, justiça e liberdade. Isso não é negociável nunca. Nunca passe pela cabeça de vocês que são, que serão nossos sucessores, que serão as pessoas que vão dar vida, e quem sabe maior dimensão a Rede Amazônica, porque a Amazônia sem a Rede Amazônica, ela não será a grande região que todos nós desejamos. Vocês veem as dificuldades que são postas. Vocês veem o combate que a gente faz diariamente em defesa da região. E é quase que verdadeiramente, a lágrimas de sangue, que a gente dá um passo a frente. Mas quando a gente consegue é tão grande a nossa alegria, tão grande é o resultado do esforço que a gente diz valeu a pena”.

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