“Impensável e ilegal”, diz ministro sobre fechamento da fronteira em Roraima
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, descartou, nesta segunda-feira (20), o fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela. Etchegoyen disse que, embora haja tensão, a situação na região está mais calma e
Redação | Atualizado
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, descartou, nesta segunda-feira (20), o fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela. Etchegoyen disse que, embora haja tensão, a situação na região está mais calma e sem perspectiva de conflitos no momento e que o fechamento da fronteira é algo “impensável” e “ilegal”. A declaração foi dada em resposta a uma nota, divulgada pelo governo de Roraima no sábado (18), voltando a reivindicar o fechamento temporário da fronteira. As informações são da Agência Brasil.
“O fechamento da fronteira é impensável porque é ilegal. Temos que cumprir a lei, e a lei brasileira de migração determina o acolhimento de refugiados e imigrantes nessa situação. Além disso, [o fechamento] é uma solução que não ajuda em nada a questão humanitária”, disse Etchegoyen em entrevista a jornalistas.
Foto:Wendel Pereira do Vale/Arquivo pessoalSegundo o ministro, os responsáveis pela incitação do ataque de sábado devem ser responsabilizados. “O governo está profundamente preocupado em garantir a integridade e o bem-estar dos brasileiros e em atender aos venezuelanos, mas não vai, para isso, admitir o cometimento de crimes, como o que aconteceu ali. Essas pessoas serão chamadas à responsabilidade”, afirmou.
Etchegoyen acrescentou que o governo federal está empenhado em acelerar o processo de interiorização dos venezuelanos que chegam a Roraima e em garantir a segurança e o bem-estar da população local, assegurando também tratamento digno aos venezuelanos.
Comissãochega ao estado
Uma comissão interministerial partiu para Roraima na tarde desta segunda-feira (20) para avaliar a situação nas cidades de Paracaima e Boa Vista e identificar as medidas que podem ser tomadas pelo governo federal com relação à crise na fronteira com a Venezuela.
A comissão é formada por técnicos de pastas como Casa Civil, GSI, Defesa, Direito Humanos, Ciência e Tecnologia, Segurança Pública, Desenvolvimento Social e Relações Exteriores. Segundo Etchegoyen, a comitiva retorna a Brasília amanhã (21). "São pessoas técnicas, mas com poder de decisão já delegado para as medidas que forem necessárias", afirmou o ministro. O conflito
No sábado (18), moradores da cidade de Pacaraima atacaram barracas e abrigos de imigrantes venezuelanos, inclusive ateando fogo, depois que um comerciante local foi assaltado e espancado supostamente por um grupo de venezuelanos. Após o ocorrido, cerca de 1,2 mil venezuelanos cruzaram de volta a fronteira do país com o Brasil.
Neste domingo (19), o presidente Michel Temer comandou uma reunião de emergência com ministros para avaliar a situação e anunciou que o governo federal enviará a Roraima um reforço de 120 homens para a Força Nacional Segurança Pública, entre outras medidas. O primeiro grupo de 60 homens embarcou na manhã desta segunda-feira.
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O livro apresenta informações sobre seis ordens, 18 famílias e 32 espécies de peixes nativos da Amazônia, além de fotografias produzidas com ajuda de peixeiros.
De acordo com a UEA, a plataforma fornece informações precisas sobre a localização e a intensidade das queimadas, permitindo uma resposta mais eficaz das autoridades.
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