Manaus 30º • Nublado
Quinta, 25 Abril 2024

Governo pede que nove detentos mandantes de massacres sejam transferidos para presídios federais

Governo pede que nove detentos mandantes de massacres sejam transferidos para presídios federais
O Governo do Estado pretende transferir nove detentos do sistema prisional do Amazonas para presídios federais até o fim desta semana. A informação foi dada pelo governador Wilson Lima, após a morte de 55 presos, em quatro penitenciárias de Manaus, entre domingo (26) e segunda-feira (27).


Os detentos que serão transferidos não foram informados pelo governador. Ao G1 Amazonas, Wilson disse que o levantamento dos envolvidos no massacre ainda está em andamento e que, à medida que os presos forem identificados, o governo fará o pedido ao Ministério da Justiça e Segurança para transferência deles.


"A gente quer transferir ainda essa semana. São cabeças e são líderes de grupos criminosos", informou o governador.


Administração prisional


No Amazonas, parte do sistema prisional é privatizado e a administração dos locais onde houveram as 55 mortes das últimas 48 horas, é feita pela Umanizzare.
Sobre a permanência da empresa no sistema prisional do Amazonas, Wilson disse que irá "cumprir o contrato [renovado] na gestão anterior à dele", mas que a terceirizada será substituída ainda em 2019.


"Já contratamos um estudo e [vamos], nos próximos 30 dias, lançar um processo licitatório para troca da Umanizzare. Tem um trâmite legal, mas, até o fim do ano, a expectativa é que tenhamos uma outra empresa. Nós vamos trocar. Estamos lançando um processo licitatório para que isso aconteça, para diminuir gastos e tornar o sistema mais eficiente", disse.


Investigação do MP


O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) divulgou um ofício com 27 recomendações ao Governo do Amazonas. O órgão definiu um prazo de 72 horas para que o Governo apresente um relatório sobre os requerimentos citados no ofício.

As recomendações possuem caráter de urgência e, entre elas, estão o aumento na escala de serviços dos agentes e até o abate de drones nos arredores dos presídios. Segundo a procuradora-geral de Justiça, Leda Albuquerque, outros procedimentos serão instaurados.

Uma das recomendações diz respeito à Umanizzare e ao prazo dos contratos firmados com a terceirizada. Procurados pela Rede Amazônica, os representantes da empresa não quiseram comentar a investigação, mas disseram que atuam "como prevê a Lei de Execuções Penais".


Massacre em 2017


Em janeiro de 2017, 56 detentos morreram após uma rebelião no Compaj, que durou mais de 17 horas. 

Veja mais notícias sobre Cidades.

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 25 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://portalamazonia.com/