Quem nunca ficou apreensivo ao precisar ir fazer um exame? Esse é o caso da manauara Sarah Luana, de 8 anos, que ao realizar uma coleta de sangue teve seu desespero, registrado em vídeo, pelo irmão e divulgado nas redes sociais. Ao ser compartilhado pela fã-page do ator e humorista Leandro Hassum, o vídeo já tinha, nesta terça-feira (27), mais de 300 mil curtidas e 147 mil comentários no Facebook e mais de 1,4 milhão de visualizações no Instagram.
“A Sarah Luana sempre teve pânico de fazer exame de sangue e toda vez que ela vai coletar, é esse drama que ela faz. A gente fica com pena, mas é necessário, pois ela está fazendo acompanhamento com o endocrinologista”, disse a empresária Sabrina Batista, mãe da Sarah.
Segundo a mãe, Sarah é tranquila, está no 3º ano, gosta de estudar e ver vídeos com os amigos. De família católica, ela se diverte com a repercussão do vídeo.
“O irmão dela que fez o registro e divulgou, depois viralizou. A gente não imaginava que ia ter tanta repercussão, e que as pessoas iam achar tão engraçado, apesar de ser um momento tão sofrido pra ela. Mas ela está encarando normalmente, já deu várias risadas do vídeo, está sendo bem divertido ter as pessoas interagindo com a gente”, disse.
Sobre a repulsa ao se fazer exames e realização de procedimentos médicos, a psicóloga infantil Thaísy Abreu ressalta que as crianças não apresentam regulação emocional.
“No desenvolvimento infantil, a criança passa por diversas fases, e ainda não criaram maturidade para a mesma, ao longo do desenvolvimento, através das experiências vivenciadas, elas começaram a ter oportunidade de experenciar as diferentes emoções e inicialmente as principais emoções: alegria, medo, tristeza, raiva, nojo”, conta Thaísy.
“Frente a uma situação adversa a criança irá externar uma emoção e se não acolhida e acalmada, acalentada pelos pais, para que a criança consiga enfrentar as situações difíceis de forma assertiva, tornando o evento como bom. Caso contrário, o evento poderá ser traumático levando assim a criança estender essa experiência para a vida adulta, e em alguns casos, os cidadãos usam o evento de exame médico como algo ruim”, disse.
“Eu sinto muito pânico e quando sei que vou tirar sangue eu sofro por antecedência”, conta a pequena Sarah Luana.
Para a psicóloga é necessário que os pais acalmem as crianças antes de procedimentos médicos.
“É importante psicoeducar, falando para a criança de forma lúdica dias antes que irão ao médico, a importância e isso pode ser feito através do brincar, contando histórias, fazer um combinado onde após sair da consulta médica irão tomar um sorvete…. Existem vários recursos para se trabalhar essa ida ao médico os pais podem usar a criatividade”, orienta.
“A repulsa ou o medo podem ser ou não passageiros. Isso vai depender da forma que as crianças forem conduzidas e em alguns casos evolui para vida adulta. A gente pode ver isso nos consultórios psicológicos de pessoas que procrastinam exames, idas ao médico, que evitam tomar remédio pelo medo. Por isso é importante trabalhar esta emoção ja infância, isso irá ajudar a não evoluir para vida adulta”, completa a psicóloga.
Confira o vídeo da Sarah: