A essência da vida no Norte do país é captada através de imagens contendo a beira do rio e seu cotidiano: barcos, carregadores, comerciais fluviais, entre outros
Lançado na última semana, o clipe de ‘Aula de Geografia’ é o primeiro trabalho de 2020 do rapper amazonense Victor Xamã que recentemente se mudou para a capital paulista visando ampliação de seu trabalho.
Segundo Xamã a música ‘Aula de Geografia’ já existia há mais de três anos e outras tentativas de clipe foram realizadas, no entanto, Xamã acredita que somente agora foi possível chegar no resultado que a música merece.
É curioso notar que o período de quarentena que a população mundial vive marca uma presença mais incisiva de artistas atuando na internet. O clipe fica registrado como uma das diversas aulas que estão sendo disponibilizadas incentivando que a população fique em casa. E dessa vez, a aula é sobre a quebra de preconceitos e um convite a conhecer a arte produzida na Amazônia.
Logo após o lançamento do clipe Xamã realizou uma transmissão ao vivo em seu Instagram no intuito de contar sobre a produção do clipe e estabelecer um contato próximo com seus fãs, motivo que também o levou a mudar de endereço no início do ano.
Audiovisual
A essência da vida no Norte do país é captada através de imagens contendo a beira do rio e seu cotidiano: barcos, carregadores, comerciais fluviais que ganham suas vidas na beira do Rio Negro, fortemente citado no refrão.
As cenas em que Xamã aparece dão o tom da mensagem: Mapas geográficos, salas de aula com arquivos espalhados chão, a presença do elemento fogo que também está presente na lírica de Xamã e um vai-e-volta de cenários urbanos da cidade de Manaus. Sendo eles: O Mercado Municipal, Avenida das Torres e o artista sentado numa cadeira de aluno imerso dentro da floresta amazônica.
Numa montagem audiovisual forte e uma letra incisiva, não é difícil entender o que querem os artistas envolvidos na produção: Aula de Geografia pro Brasil inteiro acerca da nossa cidade, a Manaus metrópole e urbana, nossas potências artísticas, a dedicação que é confundida como desemprego e a falta de informação sobre nós ao redor do país.