O artista também foi o único brasileiro vitorioso nessa mesma premiação em 2010, quando ganhou na categoria de Melhor Álbum de Jazz Latino, junto com o grupo João Donato Trio.
Sobre o Donato Elétrico, ele ressalta que as canções são coerentes com as demais que ele produziu. “Eu já fiz mais de 80 discos, e todos são parecidos, mas cada um com sua identidade e personalidade diferente.”
O acreano ainda reforça que sempre leva um pouco do seu estado natal como referência: “Sempre uso em minhas melodias a melancolia e a nostalgia do lugar em que passei minha infância. O Acre é o Acre. Ele nunca vai me deixar.”
Junto com João Donato, estão concorrendo também os álbuns Mercosul, de Víctor Biglione, Samba de Chico, de Hamilton de Holanda, Argentum, de Carlos Franzetti, e Mosaico, de Bruno Miranda.
Biografia
Nascido em 17 de agosto de 1934, em Rio Branco, no Acre, João Donato sempre teve referência musical em sua família. Filho de major da Aeronáutica, seu pai tocava bandolim nas horas vagas. A mãe cantava e a irmã mais velha pretendia ser concertista de piano. A caçula se tornou sua parceira nas composições.
O artista aprendeu a tocar acordeão ainda criança, e aos oito anos compôs sua primeira canção, a valsa Nisi. Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde tocou em festas de colégio, e depois, em bares cariocas.
João Donato era grande amigo de expoentes do movimento bossanovista, como João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre outros. Mesmo com essas influências, nunca foi caracterizado como tal, e sim, como músico que mistura jazz e músicas latinas.
Entre suas canções mais conhecidas, estão Amazonas, Lugar Comum, Simples Carinho, Até Quem Sabe e Nasci pra Bailar.