Foto: May Seven/CedidaApós encerrar a escolha do TOP 100 DJs masculinos de 2016, a revista especializada DJ Mag agora abre a seleção para o ranking das mulheres. De Manaus, a DJ May Seven é a única da Região Norte do Brasil a figurar na lista de indicadas pela própria revista em sua versão feminina, a DJane.
Ao Portal Amazônia, a DJ contou que está feliz em saber que, em um momento que DJs brasileiros alcançam maiores posições internacionalmente – o DJ Alok conquistou o 25° lugar este ano, por exemplo -, seu nome foi citado. “Eu fui indicada por eles! A minha maior surpresa foi essa. Você pode se candidatar para buscar votos e fazer sua campanha, mas no meu caso foi diferente. Eu fui notada pela revista, que é a maior revista de música eletrônica do mundo. Pensei: poxa, que legal, eu ser notada lá fora e saber que meu trabalho está sendo visto! Para mim essa indicação já é um prêmio”, declarou.
Para May, um dos pontos mais importantes é o fato de representar a região em uma disputa internacional. “Além de estar representando o meu país, eu deixo bem claro que sou DJ da Amazônia e quero estar representando minha cidade, meu Estado. Sempre que vou tocar fora, falo isso, que sou de Manaus. Essa indicação, pra mim, já é um grande prêmio, entrar no ranking é uma consequência. Eu represento uma região muito grande e sabemos a força que ela tem. Poder estar representando ela não tem preço, é demais”, afirmou.
Concorrência e conselho
Em uma profissão predominantemente masculina, May afirma que para ser uma mulher DJ é preciso enfrentar muitos desafios e uma concorrência grandiosa. “É um mercado que hoje já tem muito mais mulheres. Eu já toco há nove anos e quando entrei eram pouquíssimas, então entrar num meio deles é difícil. Tem que ganhar espaço devagar, porque é como se a gente tivesse sendo testada todo o tempo por um mercado machista. Mas a gente vence isso com dedicação, com amor pelo trabalho, com profissionalismo”, revelou.
A DJ deixou ainda uma mensagem para as mulheres que querem seguir a carreira de DJ: “Sejam DJs de verdade. Se for para entrar, represente mesmo as mulheres. Que tenha técnica, que estude, que faça cursos como eu fiz vários pelo Brasil inteiro. Seja realmente boa naquilo que fizer, seja técnica, esteja por dentro das músicas, lançamentos, tendências. Que seja uma grande profissional e consiga seu espaço. Façam bonito”.