Cantora Djuena Tikuna se apresenta em evento oficial da Olimpíada Rio 2016

A cantora indígena Djuena Tikuna divulgou nas redes sociais imagens de sua participação na Opening Session Ceremony (IOC), primeiro evento oficial de abertura da Olimpíada Rio 2016. A artista do Amazonas cantou o Hino Nacional Brasileiro em Tikuna acompanhada da Orquestra Jovem do Rio de Janeiro, Coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e da Orquestra Sinfônica Brasileira. A apresentação foi regida pelo maestro Silvio Viegas.
Em entrevista ao Portal Amazônia, Djuena falou sobre a emoção de representar o Estado em um evento oficial das Olimpíadas. “A responsável pela parte cultural do evento olímpico me viu cantando o hino nacional, acompanhada pelo meu cunhado, mestre Robson Miguel. Foi uma interpretação muito linda do hino. Ela deve ter achado interessante e pegou o meu contato com o Marcos Terena, organizador dos jogos. Então, conversamos e eu aceitei participar”, revela.
Em 2015, Djuena cantou nos Jogos Mundiais Indígenas, que aconteceram na cidade de Palmas (TO). O evento reuniu lideranças e atletas indígenas de vários países. Para a artista, a oportunidade foi interessante e também foi o que rendeu o convite para participar do evento olímpico.
Ela afirma que aproveitou cada momento da apresentação no Rio de Janeiro e que cantou em nome dos amazônidas. “Como eu vivo de música, todo evento é importante. Eu anseio que os espaços que ocupo com o meu canto sirvam para a reflexão da sociedade, que os indígenas sejam reconhecidos e valorizados. Sinto orgulho quando o meu trabalho é reconhecido, principalmente por causa da questão cultural”, diz. 
A amazonense também destaca a oportunidade que teve de dividir o espeço com músicos brasileiros de renome nacional. “Conversei com a cantora Daniela Mercury, ela é simpática e nos recebeu muito bem. Daniela também permitiu que eu usasse a canção ‘Dona desse lugar’. A ideia é traduzir parte dessa música para a língua Tikuna. Essa viagem foi realmente produtiva, pude fazer novos amigos e parceiros também, como o violinista espanhol Anton Carballo que tem um trabalho muito bonito com cantos indígenas”, revelou Djuena.
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