Cantora amazonense Natty dos Anjos lança álbum de estreia ‘Livre Mulher’

Produção conta com oito faixas que transitam entre ritmos latinos, regionais e eletrônicos

“Livre Mulher” é o intitulado álbum de estreia da cantora amazonense Natty dos Anjos. Presente há seis anos na cena manauara, a artista abre caminhos no gênero reggae e encontra nesse estilo pauta para assuntos como diversidade, pluralidade, consciência de classes e protagonismo feminino.

O álbum conta com oito faixas que transitam entre ritmos latinos, regionais e eletrônicos, com presença marcante de percussões orgânicas, sintetizadores e beats. “Canto reggae, MPB, mpa, carimbó, ijexa. A intenção é levar alegria, empoderamento e boas vibrações”, afirma.

Tendo o reggae como essência, a mistura do orgânico com beats é a proposta. O álbum foi lançado nesta sexta-feira (18) nas principais plataformas de streaming e conta com a participação do poeta Jorge Cavalcante assinando a letra da faixa ‘Nêga’, abrilhantando ainda mais o projeto. 

Foto: Divulgação

A produção e mixagem é de Viktor Judah, integrante da banda local República Popular e produtor da nova geração manauara, responsável por abrir a mente da artista para o apelo da modernização dos sintetizadores.

Em suas canções, assinando todas as faixas de forma única e peculiar, Natty dos Anjos também contou com a participação de Gabi Farias, cantora, compositora, e professora manauara que cuidou intrinsecamente da preparação vocal da artista além de assinar o backing-vocal de algumas faixas. ‘Livre Mulher’, portanto, é a personificação do poder, da criatividade, da força, da multifacetada mulher artista amazônida empoderada.

 Arte de protesto

As músicas interpretadas por Natty são sua marca registrada, a artista gosta de colocar sua alegria e gingado para transmitir o que a canção exprime em seu contexto, a fim de acessar nossas terminações nervosas. Para ela, o palco é um lugar de protesto.

O cenário do reggae amazonense ainda é dominado pela figura masculina, sendo assim a artista acredita que o palco é seu lugar de protesto, o que torna sua arte fundamental para a propagação de sua resistência.

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