Desfile indígena marca segundo dia dos Jogos Mundiais, em Palmas

PALMAS – Um desfile de beleza indígena marcou o segundo dia dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), em Palmas. Segundo a organização dos JMPI, esse tipo de apresentação é bem tradicional nas festividades indígenas e desta vez reuniu representantes de diversos países. O evento aconteceu no sábado (24) na Arena Verde.Cerca de 50 mulheres se apresentaram cada uma com pinturas e adereços típicos de suas etnias. Algumas garotas pareciam mais tímidas do que outras, porém, os gritos que vinham da arquibancada serviam de incentivo. A maior parte da torcida era para as modelos das etnias brasileiras, porém, representantes de delegações estrangeiras foram bastante aplaudidas pelas 7 mil pessoas que lotaram as arquibancadas. “Esse momento dos jogos foi pensado para mostrar a beleza da mulher indígena. Essa prática é muito comum nas aldeias. Não é uma disputa. Queremos mostrar que a beleza não é definida se a mulher é magra ou não, a finalidade é mostrar a beleza peculiar de cada etnia”, explicou o articulador dos Jogos Mundiais Indígenas, Carlos Terena.Confira as imagens do desfile[[galeriaA represente do México usava um vestido colorido, com flores bordadas e cabelos trançados; e as indígenas Maori que desfilaram fazendo caretas para o público. Na tradição Maori, os olhos arregalados e as caretas são para mostrar a força interior da etnia da Nova Zelândia.Entre as representantes das etnias brasileiras o que se viu foi uma diversidade grande de pinturas corporais, colares, cocares e adereços que traziam para o tapete vermelho do desfile as características de cada povo.As oito “guerreiras” que representavam o povo Pataxó da Bahia abriram desfile usando saias, tops e colares que foram desenvolvidos pela designer Ludmila Pataxó. Sementes, penas, fibras, miçangas, palhas e sementes são materiais adotados pela maioria das etnias brasileiras.  Os corpos pintados também são outra característica marcante.Atenta a cada detalhe do desfile, a menina Jemina, 9 anos, da etnia Gavião, do Pará, foi prestigiar a prima que participava do evento, mas acabou se encantando com uma representante de outro povo. “Eu achei que a mais bonita foi a moça do povo Carajá por causa das pinturas. Quando eu crescer eu também vou querer desfilar”, disse.Brama Gavião foi umas das participantes do desfile. Ela conta que foi escolhida para representar sua etnia no desfile desse sábado em uma espécie de eliminatória com mais dez garotas de diversas aldeias. “Eu amei representar o meu povo, foi muito especial. Eu vim aqui para representar a cultura do meu povo e acho que consegui”, comemorou.
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