Pesquisadores descobrem novas espécies de insetos na Floresta Nacional do Amapá

O Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa) divulgou nesta semana, os resultados das pesquisas de campo realizadas na área da Floresta Nacional do Amapá (Flona), especificamente para busca de novas espécies de insetos e botânicas. O resultados foram apresentados em seminário no Museu Sacaca, em Macapá.

As pesquisas foram feitas em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (Mpeg) do Pará, para o desenvolvimento e inovação no uso da biodiversidade amazônica. Em uma das áreas da Flona, no município de Porto Grande, foram encontradas novas espécies de formigas, moscas e vespas.

Foto: Maksuel Martins/Secom

Segundo o diretor de pesquisa do Iepa, Allan Kardec Ribeiro, as pesquisas fazem parte do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) com intuito de ter detalhes do que o Amapá apresenta em sua biodiversidade.

“Nós, juntamente com pesquisadores paraenses, realizamos diversas ações diretamente nos campos da Flona, no município de Porto Grande, e conseguimos extrair boas amostras de novas espécies de insetos e botânicas. Posteriormente, aprofundaremos os estudos dessas novas espécies encontradas”, declarou o diretor.

A pesquisadora titular do Museu Paraense Emílio Goeldi, Marlúcia Martins, considera que a biodiversidade amazônica ainda é pouco conhecida e cada pesquisa é uma novidade. Para ela, é necessário aprofundar esses estudos.

“Somente em nosso grupo de trabalho, que envolve insetos, foram três novas espécies encontradas, fora os demais grupos. Isso mostra a riqueza, a diversidade e o potencial da Flona do Amapá em conservar a biodiversidade e, consequentemente, reforçar a importância de manter as áreas de conservação no Estado”, disse Marlúcia. 

Foto: Maksuel Martins/Secom

PPBioO Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) foi criado em 2004 com objetivo de intensificar estudos sobre biodiversidade no Brasil, descentralizar a produção científica dos centros desenvolvidos academicamente, integrar atividades de pesquisa e divulgar resultados para diferentes finalidades, como gestão ambiental e educação. É estruturado em três componentes principais: inventários, coleção e temáticos. Além das pesquisas, o PPBio destinou recursos para a reforma do prédio das coleções zoológicas do Iepa que, dessa maneira, já apresenta um espaço adequado para armazenar o material coletado.

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