Doryctobracon adaimei foi designada em homenagem ao agrônomo que a descobriu, pelos estudos conduzidos há mais de dez anos com moscas-das-frutas e parasitoides na região Norte. Ele publicou juntamente com os pesquisadores Walkymário Lemos, da Embrapa Amazônia Oriental – Pará e Roberto Antônio Zucchi, da Universidade de São Paulo, o livro “Moscas-das-frutas na Amazônia brasileira: diversidade, hospedeiros e inimigos naturais”, resultante de pesquisas realizadas no âmbito da “Rede Amazônica de Pesquisa sobre Moscas-das-frutas”, projeto financiado pela Embrapa.
De acordo com Adaime, as duas espécies de parasitoides foram obtidas de frutos de Geissospermum argenteum (espécie vegetal silvestre conhecida popularmente como “quina”), coletados em municípios do Amapá. As espécies apresentavam características morfológicas diferentes das que já apareceram na América do Sul. Por isso, foram enviadas ao professor e taxonomista da USP Roberto Antônio Zucchi, para correta identificação e descrição das novas espécies.
“O parasitoide Doryctobracon adaimei tem sido a espécie mais abundante nas amostras de ‘quina’ coletadas no Amapá e apresenta percentual de parasitismo significativo, já constatado em campo. Agora, queremos ver se ele se adapta em condições de laboratório, para estudarmos sua biologia”, explica Ricardo Adaime.
A outra espécie descrita, Doryctobracon whartoni, foi designada em homenagem a Robert Wharton, atualmente em atividade nos Estados Unidos, pela sua contribuição à taxonomia dos braconídeos parasitoides de moscas-das-frutas. O trabalho científico publicado recentemente, que contém a detalhada descrição morfológica e o estudo de biologia molecular das duas novas espécies de parasitoides.