“As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens”, informou a empresa.
Também sobrevoam a área mais uma aeronave da Polícia Civil e um helicóptero do Exército. A Mina Feijão pertence à mineradora Vale e se situa no município de Brumadinho. A cidade, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, possui cerca de 36 mil habitantes e está a apenas 60 quilômetros da capital mineira.
Hospital recebe vítimas
O Hospital João XXIII, instituição pública vinculada ao estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, informou em nota que acionou seu plano de atendimento para múltiplas vítimas de catástrofes. A iniciativa busca priorizar a assistência aos atingidos pelo rompimento da barragem da Mina Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana.
Leia também: Novos vestígios de povos que viveram na Amazônia há 3 mil anos são descobertos
Medidas preventivas
O governo de Minas Gerais divulgou nota que um gabinete estratégico de crise foi formado para acompanhar as ações. Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) não deu retorno. Informações sobre as características do rejeito ainda são desconhecidas, bem como não há estimativas do volume vazado.
A prefeitura do município lançou um comunicado em sua conta no Instagram pedindo que os moradores fiquem longe do leito do Rio Paraopeba. Segundo nota divulgada pela Vale, as primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram uma área administrativa da mina e parte da comunidade Vila Ferteco. A mineradora informou ter acionado o Corpo de Bombeiros e ativado o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens. “A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade”, acrescenta o texto.
“Tragédia anunciada”
Por meio de comunicado, o movimento diz ter denunciado o atual modelo de mineração utilizado no país, citando “empresas privatizadas e multinacionais que visam ao lucro a qualquer custo”. “Mais uma vez, o lucro está acima de vidas humanas e do meio ambiente”, destacou a nota.
“Desde o ano de 2015, inúmeras denúncias vêm sendo feitas pelo risco de rompimento de barragens do complexo e, ainda assim, a Mina Córrego do Feijão teve sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro do ano passado, 2018”, ressaltou o movimento.