Sobrevivência e realismo: Floresta amazônica é cenário do jogo ‘Green Hell’
O jogo, criado pelos alunos Beatriz Veras, Francisco Costa, Levi Pacheco e Ney Cristina Oliveira e Verena Ribeiro, foi o projeto final para as disciplinas Introdução à Ciência e Tecnologias, Metodologia Científica e Ciência Ambiental. Assim como outros produtos finais das matérias, o grupo decidiu enfocar problemas ambientais que afetam a sociedade.
Para ser diferente das demais equipes, os integrantes do grupo decidiram ir além da teoria e textos. Assim, com o auxílio da pedagoga Janise Viana, mestre em Gestão de Recursos Naturais pelo PPGEDAM/NUMA/UFPA, o jogo foi planejado para crianças. “O jogo pode ser utilizado de forma didática em salas de aula ou como lazer’, explica a pedagoga. Segundo ela, o produto é dividido em quatro fases, cada uma explorando um problema ambiental enfrentado no Pará.
Na primeira fase, é enfatizada a questão do lixo e de ratos nas feiras livres. “Nessa etapa o jogador deve evitar ser atingido pelo líquido escuro (chorume), altamente poluente, liberado pela decomposição da matéria orgânica presente no lixo acumulado nas imediações da feira”, detalha a professora Janise. Com essa etapa, o projeto enfatiza como o chorume é prejudicial à água do aquífero freático e como animais atraídos pelo lixo afetam a saúde humana.
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A terceira fase será voltada para a poluição do ar, consequente da queima de combustíveis fósseis por automóveis. O cenário deste nível foi baseado na avenida Almirante Barroso. Já no último nível, “para sobreviver, será preciso transpor diversos obstáculos, como as queimadas; outros perigos estão implícitos, embora não iconizados, a exemplo dos agrotóxicos, que envenenam as águas, os solos e os alimentos”, explica ela.
Assista:
Conscientização
Segundo a professora, o Sábio foi concebido com o objetivo de conscientizar e despertar o interesse de alunos do Ensino Fundamental. Por isso, tem o importante aspecto de ser didático e simples para ser utilizado por professores.
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De acordo com ela, por meio do jogo, “os professores poderão estimular a discussão sobre temas como a contaminação das águas superficiais e subterrâneas por esgotos e lixo, a poluição do ar e o desmatamento da floresta Amazônica”.
Além disso, o jogo é um grande acréscimo à carreira acadêmica dos graduandos. “Esperamos que isso contribua para mostrar o potencial dos alunos do bacharelado em Ciência e Tecnologia, lhes proporcionando oportunidades de estágios e trabalhos futuros”, afima Janise.